Dados da Secretaria de Estado da Saúde divulgados nesta sexta-feira (8) apontam que 392.148 catarinenses não têm registro de segunda dose da vacina contra Covid-19 (veja detalhes abaixo). O número preocupa porque, embora o Estado considere que há casos de atraso no registro da vacina por parte dos municípios, e situações em que o cidadão não atentou para a redução de prazo para a segunda dose – caso da Pfizer – ainda há muitos casos de rejeição à vacina por medo de reações adversas e por desinformação.

Continua depois da publicidade

Saiba como receber notícias do NSC Total no WhatsApp

– As pessoas precisam se conscientizar de que a primeira dose estimula o sistema imunológico, provoca uma quantidade de anticorpos, mas essa quantidade é pequena e por pouco tempo. É a segunda dose que vai garantir uma resposta mais duradoura – diz o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.

Ele explica que, ao deixar de tomar a segunda dose, as pessoas ficam expostas à contaminação, contribuem com a alta transmissibilidade e com o escape de novas variantes da Covid-19 – o que inclui o risco de cepas mais resistentes, que podem provocar novos surtos.

SC tem 120 cidades há um mês sem mortes por Covid e com mais de 50% da população imunizada

Continua depois da publicidade

Atenção aos prazos

Entre as vacinas aplicadas em duas doses no Estado, a que tem maior registro de “fujões” é a AstraZeneca: são 157.113 pessoas. Em seguida vem a Pfizer, com 117.812, e a Coronavac, com 117.223.

Macario avalia que algumas pessoas podem estar desatentas ao prazo de aplicação da segunda dose – que foi alterado, no caso da Pfizer, de 12 para oito semanas. Como o agendamento da segunda dose foi feito durante a vigência do prazo anterior, as pessoas deixam de acelerar em um mês o calendário vacinal.

Florianópolis planeja exigir passaporte da vacina em novembro

– O Estado enviou uma grande quantidade de doses da Pfizer aos municípios no dia 15 de setembro, e após abertas elas têm prazo de um mês para serem utilizadas. Os municípios precisam buscar essas pessoas, mas também é importante que elas estejam atentas a esses prazos – diz Macário.

Em relação à AstraZeneca, o prazo chegou a ser reduzido para 10 semanas, mas voltou para 12 diante do atraso na distribuição de doses pelo Ministério da Saúde. Essa mudança também pode ter confundido os usuários, e prejudicado a procura pela vacina.

Continua depois da publicidade

Risco de pegar Covid aumenta em quase cinco vezes ao não se vacinar, diz estudo

Outro ponto de atenção é o receio de reações adversas, que são comuns em qualquer vacina. Muitas pessoas que sentiram algum sintoma, após tomarem a primeira dose, resistem em buscar a segunda por medo de voltarem a sentir algum mal-estar. Macario ressalta que os sintomas não vão, necessariamente, se repetir na segunda dose. Pelo contrário: a maioria das pessoas tem menos reações na segunda aplicação.

– Temos dito que, se a pessoa sentir algum evento que considera diferente do habitual, pode procurar a unidade de saúde. Mas precisamos que as pessoas saibam que os benefícios da vacina superam qualquer efeito adverso.

Participe do meu canal do Telegram e receba tudo o que sai aqui no blog. É só procurar por Dagmara Spautz – NSC Total ou acessar o link: https://t.me/dagmaraspautz

Leia também

Teve reação à vacina da Covid-19? Saiba o que fazer

Entenda o conflito no Afeganistão com volta do Talibã ao poder em 10 perguntas e respostas​​​​

Variante Delta: veja a eficácia de cada uma das vacinas da Covid​​

Conheça os 16 animais mais estranhos e raros vistos em SC

As diferenças entre as vacinas da Pfizer, Astrazeneca e CoronavacReceba as principais informações de Santa Catarina pelo Whatsapp

Continua depois da publicidade