Único médico na atual legislatura da Alesc, o deputado Vicente Caropreso (PSDB), de Jaraguá do Sul, já chamou atenção dos colegas de parlamento por dispensarem a máscara em plenário e costuma e posicionar de forma firme contra o negacionismo. Em entrevista á coluna, ele falou sobre política e pandemia.

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Entrevista: Vicente Caropreso, deputado estadual

Como é ser o único médico no Parlamento neste momento de pandemia?

É muito sofrido, porque a gente acredita naquilo que estuda, que luta a vida inteira, que é para preservar a vida. No parlamento se misturam interesses, lobby, e desandam, muitas vezes, alguns assuntos.

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O que o senhor tem ouvido dos médicos?

Eles estão simplesmente apavorados com o ritmo das coisas. Este é um momento de muita paciência e muito cuidado para conter o avanço da doença, tendo em vista a acumulação de pessoas em shoppings, em praias, em festas, e a nossa incapacidade de fiscalizar. É preciso um recado forte para as pessoas, um apelo emotivo, como alguns líderes europeus estão fazendo.

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O Legislativo fez tudo o que era possível?

O Legislativo é o espelho da sociedade. Ao mesmo tempo em que meia dúzia se preocupa com a coletividade, boa parte se preocupa com a produtividade, e isso não dá certo. A gente sabe que é uma situação tensa esse binômio economia e saúde. Tenho feito o que posso, (sobre) esse descalabro em relação à vacina. Tem um tom eleitoral, muito de ideologia, para defender a imagem do governo federal a qualquer custo.

Faltou união de esforços?

Por um lado, o parlamento foi parceiro nas atividades que o governo precisava, com a aprovação de medidas financeiras. Mas também teve uma influência negativa, no primeiro semestre, quando só se queria brigar, (encontrar) problemas, no meio de uma pandemia. Não tenho a menor dúvida de que o clima político pesado induziu a erro. Na hora em que precisava, a coisa não foi tão parceira assim. Agora, vamos ver no que dá com essa abertura excessiva de praias e de hotéis.

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