DA REDAÇÃO*

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) monitora as áreas de produção de moluscos interditadas em Bombinhas e Porto Belo. Desde a última sexta-feira, está proibido o cultivo de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões, devido à presença de toxina diarreica.

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Na segunda-feira, técnicos da Cidasc fizeram a primeira coleta de amostras e as enviaram ao laboratório. O resultado do primeiro teste será divulgado nesta quarta-feira.

Neste mesmo dia em que ocorre a segunda coleta de amostras, que deve ter a conclusão na próxima sexta-feira. A liberação ou a manutenção da interdição das áreas afetadas dependerá dos resultados das análises, que serão divulgadas no site da Cidasc.

Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, a medida foi necessária após exames laboratoriais detectarem a presença de ácido ocadaico nos cultivos de moluscos bivalves da região. Quando consumida por seres humanos, a substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

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A comercialização e o consumo estão proibidos até que sejam constatados dois resultados negativos e consecutivos para a presença de toxinas nos moluscos. Santa Catarina é o único estado que faz esse trabalho de monitoramento para atestar a qualidade dos moluscos cultivados em 27 pontos do litoral.

Toxina encontrada é produzida por microalgas

A toxina diarreica é produzida por determinadas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de Dinophysis. Quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, elas podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. Maior incidência solar, pouca agitação marinha e baixa salinidade da água do mar são algumas das condições que explicam o fenômeno.

* A colunista Dagmara Spautz está em férias e volta a escrever neste espaço a partir do dia 15.