Relator de CPI das Americanas, o deputado federal Carlos Chiodini (MDB) fez um discurso contundente nesta terça-feira (26), quando o relatório apresentado por ele foi aprovado pela comissão por maioria de votos. Sobrou espaço para alguns “cutucões” no que classificou como excesso de “entusiasmo” de uma parte dos colegas de comissão, que esperavam um texto mais duro.
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O relatório não aponta culpados pela fraude de R$ 20 bilhões, mas indica uma série de propostas para refinar a legislação de compliance nas empresas privadas. Inspiradas em leis de países como Alemanha e Estados Unidos, as propostas incluem, por exemplo, a proteção e premiação de quem identificar e relatar fraudes.
Criticado por parlamentares do PL, de um lado, e pelos partidos de esquerda, de outro, que cobravam punições, Chiodini falou na falta de tempo para chegar a resultados conclusivos na CPI, que não foi estendida por decisão da Mesa Diretora – e citou o risco de violação de direitos pela comissão.
Relatório de Chiodini na CPI das Americanas traz “inovações legais” inspiradas em EUA e Alemanha
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– O fato existiu, a interrogação é quem é o culpado se não tivemos tempo (de investigar). Não tenho coragem de acusar pessoas sem findar investigação – afirmou o deputado.
Ele também criticou a sanha punitivista dos colegas, que chamou de entusiasmo:
– Entusiasmo quem tem é pré-candidato e candidato em tempo eleitoral, atrás de voto. Aqui estamos atrás de solução, atrás de corrigir o mercado.