A forte correnteza do Rio Itajaí-Açu, que impede desde sexta-feira à noite as manobras de entrada e saída dos navios nos portos de Itajaí e Navegantes, já impediu a movimentação de 12 embarcações.
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Um navio omitiu escala, ou seja, desistiu da parada, e outro desviou a rota para Paranaguá (PR) – passará pelo Complexo Portuário do Itajaí-Açu na volta. Outros sete aguardavam ontem à noite ao largo, próximo à costa, a reabertura do canal de acesso pela Marinha. Há ainda três navios atracados desde a última quinta-feira, que não puderam deixar os terminais.
Cada navio parado representa, para o armador, um prejuízo que varia entre US$ 30 mil e US$ 50 mil por dia. O valor não considera as perdas para a cadeia logística, com eventuais atrasos nas entregas de mercadorias.
As operações são suspensas quando a correnteza é forte porque ela torna arriscadas as manobras dos navios.
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Solução
Nos últimos anos, o Governo do Estado sinalizou com algumas soluções que poderiam reduzir o impacto que as cheias trazem aos portos. O projeto de contenção de cheias de Itajaí inclui a construção de diques, a instalação de comportas e de um canal extravasor, que podem conter a força das águas que descem do Vale. Há cerca de dois anos, o Estado anunciou que, devido ao prejuízo econômico causado pelas restrições de acesso, essa parte do projeto teria prioridade. Desde então, não se ouviu mais falar no assunto.