Não é exagero dizer que a campanha eleitoral que começa oficialmente nesta terça-feira (16) será a mais difícil pela qual o país já passou desde a redemocratização. O clima de divisão, a divulgação de mentiras sobre o sistema eleitoral e as ameaças de ruptura institucional tornam o momento especialmente tenso.

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Ao invés de discutir o projeto de país para os próximos anos, no momento em que o mundo passa por transformações importantes no ponto de vista ambiental e geopolítico, o Brasil debate questões superadas como a segurança e a transparência do sistema eletrônico de votação.

Diante das ameaças à democracia, as fake news serão um assunto central nesta campanha eleitoral – e poderão custar caro aos incautos. O TSE publicou ainda no ano passado uma resolução que prevê até a cassação de mandato de candidatos eleitos que divulgarem “fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados que atinja a integridade do processo eleitoral”.

Para além das tensões, esta é uma eleição que começa com cara de segundo turno na votação para presidente – o que favorece o olhar do eleitor para os demais cargos.Mas também será marcada pelo período curto de campanha, que exigirá dos candidatos assertividade extra. Há pouco espaço para errar quando o tempo é escasso para o convencimento do eleitor.

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A esta altura, o que se pode desejar é que a campanha que começa seja limpa, seja democrática, e que seja feita a vontade popular.

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