A Caixa Econômica Federal informou, por e-mail, que os cinco lotes tomados pelo banco como garantia de um empréstimo particular, ao longo da Praia de Taquarinhas, terão que seguir o que determina a lei que rege as alienações. O que significa que serão levados a leilão.
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O prazo para leiloar imóveis tomados por instituições bancárias, de acordo com a lei, é de 30 dias após a transferência. Se na primeira tentativa for oferecido menos do que valem os lotes, um segundo leilão é organizado 15 dias depois. Vale, então, o maior lance _ desde que seja igual ou superior ao valor da dívida. A Caixa não confirma oficialmente, mas fala-se no mercado em uma negociação de R$ 120 milhões.
A manifestação do banco vem após um ofício do prefeito Fabrício Oliveira (PSB) ter informado sobre a intenção da prefeitura de preservar Taquarinhas. Nesta terça, ele disse que pretende apresentar um projeto de lei à Câmara de Vereadores, para tornar a praia um parque municipal.
Fabrício defende a "relevância ecológica" e a "beleza cênica" de Taquarinhas, para justificar o projeto do parque.
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_ Não podemos perder uma praia naquelas condições. Uma cidade adensada como Balneário Camboriú, ter uma praia virgem, é algo que não vamos abrir mão.
A área era garantia de um empréstimo tomado pela Taquarinhas Investimentos e Participações, empresa ligada a um grupo do Paraná, que era proprietária dos imóveis.
A construtora pretendia erguer um eco resort em Taquarinhas. Mas os terrenos estão em meio à Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava, e são alvo de pendências judiciais há anos, que paralisaram o projeto.