A Caixa Econômica Federal confirmou a suspensão do leilão dos seis lotes da orla da Praia de Taquarinhas, em Balneário Camboriú, que estava marcado para segunda-feira (18). Os motivos para o cancelamento ainda não foram divulgados. O lance inicial para a compra da área era de R$ 230 milhões.
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A suspensão já havia sido informada na quinta-feira à noite pelo senador Esperidião Amin (PP), que soube do cancelamento pela presidência da Caixa. O senador marcou uma reunião com o presidente do banco, Pedro Guimarães, para a próxima quarta-feira. O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PSB), participará do encontro.
Na quinta o prefeito assinou um decreto de “necessidade social” para a área de Taquarinhas – o que equivale a dizer que considerou os terrenos de interesse público. A intenção é tornar a praia um parque ambiental. Taquarinhas é a última praia intocada de Balneário Camboriú, e uma das últimas do Litoral Norte.
Fabrício disse, na manhã desta sexta-feira, que está buscando saídas jurídicas para resolver o impasse junto ao banco.
– Pagar a indenização (de R$ 230 milhões) é inviável. Vamos buscar uma solução – afirmou.
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Os seis terrenos de Taquarinhas pertenciam a um grupo paranaense, que tinha intenção de construir ali um resort. Sem autorização para a obra, por questões ambientais, a área foi entregue pela empresa ao banco como garantia de um empréstimo. A construtora não pagou, e os terrenos foram tomados pela Caixa.
Por lei, em caso de alienações fiduciárias – como é conhecido esse tipo de transação – o banco tem que levar o bem resgatado como garantia a leilão.
O anúncio oficial da venda alerta que se trata de uma área em área de preservação permanente, e a que para construir no local é necessário consultar os órgãos responsáveis.