A Caixa Econômica Federal manifestou-se nesta segunda-feira (11) sobre a venda dos lotes que integram a Praia de Taquarinhas, em Balneário Camboriú, que eram requisitados pelo município e pelo Estado para instalação de um parque ambiental.
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A coluna aguardava desde o dia 3 de novembro um posicionamento do banco, diante da informação de que os seis terrenos haviam sido anunciados novamente em leilão. As primeiras tentativas de venda da área ocorreram em 2019.
Em nota, a Caixa diz que, de acordo com uma resolução de 2019, os bens que são tomados pelo banco como contrapartida por empréstimos não quitados são “necessariamente destinados à alienação”.
“Ativos imobiliários ofertados pela CAIXA por meio do seu portal são aqueles recebidos como garantia de crédito imobiliário ou comercial, em decorrência de adjudicação ou arrematação, consolidação da propriedade, recebidos como dação em pagamento ou, ainda, de imóveis CAIXA que eram de uso e deixaram de ter finalidade operacional, e são registrados como ativos não financeiros mantidos para a venda – AMV. Os imóveis AMV são necessariamente destinados à alienação, conforme Resolução CMN nº 4.747, de 29/08/2019”, afirma o comunicado.
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Os planos da nova dona da Praia de Taquarinhas em Balneário Camboriú
Os seis terrenos, que somam quase 600 mil metros quadrados, foram incorporados ao patrimônio do banco porque eram garantia de um empréstimo bancário de uma construtora paranaense, que não foi pago. A empresa pretendia construir um resort em Taquarinhas, mas o projeto esbarrou nas restrições ambientais. A maior parte da área é de preservação permanente.
Em 2019, no primeiro leilão, os lotes de Taquarinhas foram anunciados por R$ 230 milhões. No último pregão, o valor era de R$ 30 milhões – quase oito vezes menor. Os terrenos foram arrematados pela empresa Biopark Gestão Sustentável por R$ 31,5 milhões.
Praia deserta de Balneário Camboriú é vendida sem alarde pela Caixa Econômica
O banco nunca se manifestou sobre o motivo para ter aceitado lotes com restrições construtivas como seguro de empréstimo.
Sobre o fato da venda ter ocorrido sem alarde – apesar das discussões que envolviam os terrenos junto qao Estado e ao município, a Caixa informou que “dispõe de 27 mil ativos imobiliários, ofertados nas diversas modalidades de venda, dos quais 179 estão localizados no Estado de Santa Catarina. O processo de venda é dinâmico, e o prazo de disputa é acompanhado pelos interessados em cada uma das ofertas anunciadas”.
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“O ativo conhecido como Praia de Taquarinhas foi ofertado por meio do procedimento de número 3010/0124, que encerrou no último dia 01/11/2024”, completa a assessoria de comunicação do banco.