Os seis lotes à beira-mar na Praia de Taquarinhas, a última praia intocada de Balneário Camboriú, vão a leilão nesta sexta-feira (2). Estão à venda por lance mínimo de R$ 87 milhões.

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O pregão é de responsabilidade da empresa Gestor de Leilões, e as propostas serão recebidas online e pessoalmente, às 9h. Esta é a segunda tentativa de venda da Praia de Taquarinhas – a primeira, no dia 12 de julho, passou distante dos holofotes e por um preço considerado alto demais pelos investidores: R$ 230 milhões. O resultado é que não houve interessados.

O leiloeiro, Eduardo de Werk, acredita que com o valor mais baixo é possível que os lotes – que são vendidos em um único “pacote” – tenham interessados desta vez. Há investidores internacionais supostamente interessados na compra.

O leilão não chegou a ser informado oficialmente nem à prefeitura de Balneário Camboriú, que tentava convencer a Caixa a doar o imóvel ao município para criação de um parque ambiental.

Área depende de plano de manejo

A questão ambiental, aliás, é o que traz dúvidas sobre Taquarinhas. Hoje, nada pode ser construído no local por força de uma ação judicial, que impede que os terrenos sejam ocupados até que se defina o plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava, da qual Taquarinhas faz parte. É possível que os parâmetros mudem depois que o plano estiver pronto, mas a tendência é de uma postura conservadora em relação à praia, uma das últimas intocadas no Litoral catarinense.

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Os terrenos de Taquarinhas pertenciam a uma construtora paranaense, e foram dados como garantia de um empréstimo. A empresa não pagou o que devia à Caixa, e as terras foram tomadas pelo banco.

O envio dos lotes para leilão é praxe em casos de alienação fiduciária – como é chamado esse tipo de transação. Caso os lotes não sejam vendidos, serão incorporados ao patrimônio da Caixa Econômica Federal.