Dados preliminares de um estudo que será apresentado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) apontam que, apesar do investimento bilionário que foi feito pelo Ministério dos Transportes em 2023 nas rodovias federais no Estado, há trechos em mau estado de conservação e necessidade de novas obras. Foram avaliadas as rodovias BR-470, no trecho não duplicado, BR-282, BR-158 e BR-163, que já foi considerada a pior estrada federal do Brasil.
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A análise foi feita pela equipe do engenheiro Ricardo Saporiti nos meses de agosto e setembro – antes, portanto, das fortes chuvas que atingiram o Estado em outubro, que causaram novos estrados nas rodovias. Nas imagens anexadas ao relatório há trechos esburacados e pistas danificadas. O diagnóstico aponta que são necessárias obras de conservação, restauração e de recuperação estrutural.
Um vídeo mostra a situação de risco no trecho da BR-470 entre Taió e o acesso a Otacílio Costa. A pista está danificada numa curva, e qualquer desvio por parte dos motoristas pode causar um grave acidente.
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A maior “coletânea” de problemas, no entanto, está na região Oeste, de onde saem grande parte das exportações de SC, que cruzam o Estado.
As rodovias são o principal gargalo de infraestrutura em Santa Catarina. Desde 2017, segundo dados da própria Fiesc, o custo de transporte no Estado aumentou 75% em razão das condições de tráfego.
Os trechos analisados no levantamento que será divulgado nesta quinta-feira cortam regiões com uma população de 1,8 milhão de habitantes, impactam 60 mil negócios, que ficam às margens das rodovias. Juntos, eles somam mais de 530 mil trabalhadores.
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Veja trechos críticos:
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Neste ano, o Ministério dos Transportes reservou R$ 1,3 bilhão para as rodovias federais em SC, especialmente para obras de duplicação como a da BR-470. O maior investimento, aliado a uma postura mais ativa do DNIT, teve resultado: as obras passaram a andar com mais rapidez. O novo estudo da Fiesc, no entanto, serve de alerta: ainda há muitos trechos que demandam atenção no Estado.
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Para o ano que vem, a verba reservada às rodovias será ligeiramente menor. Passará de R$ 15 bilhões, em 2023, para R$ 13,7 bilhões em 2024, segundo a previsão da Lei Orçamentária Anual (LOA), que tramita no Congresso. A redução ocorre por imposição de limites fiscais do governo.
Para ampliar o aporte de recursos para Santa Catarina, será necessário um direcionamento de emendas da bancada catarinense. Deputado e senadores terão R$ 37 bilhões para aplicar em emendas impositivas, que podem melhorar o orçamento.
No início do ano, a Fiesc recomendou que os parlamentares de SC direcionem as emendas às obras nas rodovias do Estado, para garantir o ritmo de trabalho e a melhoria das condições logísticas.
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