A vinda do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Santa Catarina para uma motociata no dia 1º de outubro, na véspera do primeiro turno, integra a “estratégia Datapovo”. A campanha do presidente pretende reunir um grande número de apoiadores em motociatas e carreatas por todo o país para tentar contrapor as pesquisas eleitorais que sugerem liderança do ex-presidente Lula (PT).

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Bolsonaristas têm contestado as pesquisas eleitorais de institutos como Ipec, Datafolha, Genial Quaest e Ipespe. Nos últimos dias, pesquisadores do Datafolha foram atacados e agredidos em diferentes estados – inclusive em Santa Catarina.

Ao reunir um grande número de apoiadores a poucas horas da votação, como fez no Sete de Setembro, a intenção do presidente é levantar dúvidas quanto o que apontam as estatísticas dos institutos. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral editada ainda em 2021, que estabelece os prazos de campanha eleitoral, não permite comícios na véspera da eleição – mas autoriza carreatas e passeatas até 22h do dia 1º de outubro, sem maiores restrições.

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Inicialmente, a ideia de Bolsonaro era realizar motociatas em Brasília, mas a proposta foi replicada por lideranças bolsonaristas que devem fazer movimentos semelhantes por todo o país. Em Santa Catarina, o ex-secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior, convenceu o presidente a estar presente na mobilização em Joinville.

Faz sentido para a campanha do presidente: o estado continua sendo um dos pontos de “resistência bolsonarista”, com Bolsonaro dominando a intenção de votos para a presidência. Além disso, a ideia é contrapor o comício de Lula no dia 18 de setembro, que reuniu um grande público em Florianópolis, e tem sido amplamente usado nos materiais de campanha do PT.

Por enquanto, não há detalhes sobre como ocorrerá o evento. A expectativa é que Bolsonaro faça uma passagem rápida pelo Estado, e passe também por outros pontos que a campanha considera estratégicos no país.

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