A escolha de Balneário Camboriú para a agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) com prefeitos de Santa Catarina, na próxima terça-feira (6), leva em conta o fato de a cidade ser a base do senador eleito Jorge Seif (PL), articulador do encontro. Mas representa também um ganho político para o prefeito Fabrício Oliveira, recém- filiado ao partido do presidente.
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Será a segunda passagem de Bolsonaro por Balneário Camboriú neste ano. Em junho, ele esteve na Marcha para Jesus.
Fabrício, que chegou a ser pré-candidato ao governo do Estado pelo Podemos, contrariou o partido ao abraçar a candidatura de Jorginho Mello e de Seif, de quem foi coordenador de campanha. Chegou a se licenciar da prefeitura para cuidar de perto das últimas semanas da corrida eleitoral para o Senado.
Além de Seif, ajudou a eleger também o vice-prefeito Carlos Humberto Metzner Silva deputado estadual.
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A guinada de Fabrício em direção ao PL era um manobra arriscada, mas devolveu a Balneário Camboriú o protagonismo político que a cidade não tinha desde os tempos áureos do ex-governador Leonel Pavan (PSDB).
Vale registrar que Balneário ficou conhecida politicamente por um personagem de esquerda. Na década de 1960, a cidade ganhou fama por ser o local de férias do então presidente João Goulart, que foi deposto pela ditadura militar. Uma estátua foi erguida em homenagem a Jango no lugar onde ele costumava vereanear com a família, na Avenida Atlântica.