O bolsonarismo deu prova de força e resiliência na Avenida Paulista neste domingo (25). Apesar dos escândalos que cercam Bolsonaro, o ex-presidente mostrou que a popularidade não está abalada e chegará turbinada às próximas eleições municipais.

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O resultado era esperado. O bolsonarismo é hoje a maior força de mobilização popular no Brasil quando se trata de levar manifestantes às ruas. Um lugar que já pertenceu à esquerda.

É esse poder de mobilização o que leva a política a “colar” em Bolsonaro, apesar das denúncias graves que o cercam. A romaria de políticos na manifestação foi muito mais um aceno ao eleitorado bolsonarista – que é exigente em relação às demonstrações de fidelidade ao ex-presidente – do que devoção a Bolsonaro. Que o diga o pragmático Tarcísio Freitas.

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Não por acaso, o ato reuniu, além dos apoiadores de sempre, também os oportunistas de última hora. Bolsonaristas recém-convertidos, que estão de olho nas eleições municipais. Inclusive de partidos que fazem parte do governo Lula. Uma foto de pré-candidatos do MDB de Santa Catarina foi compartilhada à exaustão.

As imagens da participação no ato pró-Bolsonaro servirão como carimbo bolsonarista, um ativo importante numa eleição municipal que será polarizada. Especialmente se Bolsonaro for afastado das campanhas em razão das investigações. A curto prazo, é um ganho.

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Para o ex-presidente, há duas leituras possíveis. Por um lado, Bolsonaro conseguiu a mobilização que queria para pressionar a Polícia Federal e a Justiça com uma multidão na Avenida Paulista.

Por outro, cometeu alguns deslizes no discurso que podem complicar sua situação jurídica, como bem anotou o colunista Fábio Zambelli, da Exame: assumiu a existência da “minuta do golpe” e tratou como aliados os presos de 8 de janeiro. As consequências são imprevisíveis.

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Veja representantes da política de SC que estiveram no ato pró-Bolsonaro: