O bloqueio de 30% das verbas de custeio das universidades e institutos federais, que no Instituto Federal Catarinense (IFC) resultou em uma perda de R$ 18 milhões no orçamento para 2019, coloca em risco não apenas a continuidade das atividades de ensino, mas também uma série de serviços prestados à comunidade por meio de projetos de extensão.
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Nos 15 campi da instituição são desenvolvidos 22 programas, 300 projetos e 25 cursos de extensão. Há ainda 60 eventos programados, uma empresa júnior em funcionamento e um projeto vinculado à Instituição Amiga do Empreendedor. Ao todo, 372 estudantes bolsistas, de cursos técnicos e superiores, atuam diretamente nessas atividades sob a coordenação dos servidores.
O pró-reitor de Extensão do IFC, Fernando José Garbuio, diz que o impacto do corte orçamentário, e o cancelamento ou interrupção dessas ações é “incalculável, causando prejuízos tanto para nossos estudantes quanto para a comunidade externa”.
A reitora do IFC, professora Sônia Regina de Souza Fernandes, participa ainda esta semana de reunião do Conselho de Dirigentes (Codir). A situação dos institutos federais também deve ser debatida na reunião do Conselho das Instituições da Rede Federal (Conif), que deve atuar junto à Andifes, associação que reúne os reitores de universidades federais.
A situação é mais preocupante nas unidades agrícolas do IFC, como Camboriú, onde é grande o volume de terceirizados. Se não reverter o bloqueio, a reitoria prevê a suspensão das atividades a partir do segundo semestre.
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