A decisão do TRE de São Paulo que invalidou a transferência de domicílio eleitoral de Sérgio Moro (União Brasil), atendendo a um questionamento do Partido dos Trabalhadores, chama atenção pela raridade. A Justiça Eleitoral costuma adotar critérios bem mais flexíveis para políticos que trocam de cidade – ao menos no papel – exclusivamente para se candidatar. 

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A prática é tão, mas tão corriqueira, que chegou a ser cogitada pelo PTB a hipótese de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, se candidatar ao governo de Santa Catarina – ideia que ele mesmo refutou porque não tinha pé nem cabeça.

No caso dos parlamentares, a lei não exige que morem ou mesmo que mantenham escritório no estado que os elegeu. Um exemplo é o filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro. Carioca, ele é deputado federal por São Paulo. 

Com a “pesada de mão” do TRE de SP sobre Moro, agora o PSOL decidiu questionar a pré-candidatura do ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, que nasceu no Rio de Janeiro, morava em Brasília, e registrou na Justiça Eleitoral em São Paulo um endereço que pertence à família da cunhada para concorrer ao governo do estado. Se virar moda, é provável que esse tipo de questionamento apareça por toda parte até o registro oficil de candidaturas.

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Ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro de Bolsonaro, o paranaense Sérgio Moro tem suas contradições no currículo. Ter registrado domicílio eleitoral em São Paulo para concorrer ao Senado pelo estado não é nem a mais chamativa.

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