A Secretaria de Meio Ambiente de Balneário Camboriú está monitorando os recentes avistamentos de tubarões na orla da Praia Central. O acompanhamento é feito pelo programa de Monitoramento da Biota Aquática, contratado pela prefeitura como parte dos condicionantes ambientais do alargamento da faixa de areia.
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Os tubarões não são a única espécie acompanhada pela equipe técnica – o monitoramento contratado pelo município verifica a atividade de todos os animais que vivem na orla, e uma parte do programa é voltada especificamente aos peixes. A secretária municipal de Meio Ambiente, Maria Heloísa Lenzi, recebe relatórios periódicos sobre a fauna local. Segundo ela, não há indicativo de atividade anormal.
– O movimento que a obra está causando no fundo da enseada pode estar atraindo animais para se alimentarem em águas mais rasas. Portanto, as pessoas podem eventualmente avistá-los (os tubarões), mas isso não significa (risco de) um ataque ou o potencial de acontecer. Quando a movimentação da draga finalizar, a tendência é de que o fundo da enseada se estabilize e os animais voltem ao seu padrão de comportamento.
A secretária diz que foram avistadas espécies que já vivem na região, e que costumam ser capturadas por pescadores artesanais em Balneário Camboriú e região.
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– Quando as pessoas compram um peixe dessa classe na peixaria, chamam de cação. Quando veem no mar, chamam de tubarão. Esses peixes sempre foram capturados pelos pescadores artesanais nas praias de Balneário Camboriú. Há muita confusão conceitual e muitos mitos relacionadas a estes peixes. O medo é maior que o risco. Pouquíssimas espécies são agressivas e podem causar problemas ao ser humano, e estas não são vistas nas águas de Santa Catarina – diz.
A fala da secretária coincide com a percepção do pesquisador Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário Piçarras. Ele identificou a espécie avistada ao longo do molhe da Barra Sul, em setembro, e conversou com os surfistas que relataram um encontro com um pequeno tubarão na última semana. O animal, com cerca de um metro de comprimento, fugiu após esbarrar e sondar com o focinho o grupo de surfistas.
A hipótese do professor é que a areia revolvida pela dragagem torne disponíveis espécies que são alimento para pequenos tubarões, como corvinas e linguados. Isso faz com que se aproximem da região próxima às obras de alargamento.
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