O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PSB), reúne-se nesta segunda-feira com o presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Valdez Rodrigues Venâncio, para discutir a possibilidade de aumentar a frequência das análises de balneabilidade. A prefeitura alega que as avaliações semanais adiam a mudança de classificação dos pontos analisados quando há melhora nas condições do mar.

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Caso o IMA não tenha recursos para aumentar a frequência, a prefeitura deve propor fazer o serviço por conta própria.

A Praia Central de Balneário Camboriú apresentou melhoria no último relatório de balneabilidade apresentado pelo IMA. Sete, dos 10 pontos analisados, tiveram uma quantidade de coliformes fecais bastante inferior ao limite, que é de 800 para cada 100 mililitros de água. Mesmo assim, a classificação da praia continua imprópria para banho, até que os pontos obtenham quatro coletas positivas.

Dos sete pontos que tiveram melhoria, seis apresentaram números muito baixos de bactéria escherichia coli, entre 10 e 72 para cada 100 mililitros. No entanto, a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que regulamenta as análises de balneabilidade estabelece que só é possível mudar a classificação depois de sucessivas análises positivas.

Marlon Daniel da Silva, gerente de Laboratório e Medições Ambientais do IMA, diz que se trata de uma análise “consecutiva, sistemática e estatística”, que vai além de um resultado pontual. Segundo ele, os números indicam que pelo menos três pontos devem ter classificação própria para banho na Praia Central na próxima análise do IMA.

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Diferente

Coletas feitas pelo laboratório Freitag, que é credenciado pelo IMA e contratado pela Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), trouxeram apenas um ponto impróprio para banho na Praia Central de Balneário Camboriú _ o Pontal Norte, na foz do Rio Marambaia. As amostras foram retiradas na quarta-feira, dois dias depois da coleta feita pelo IMA.

Investimento

A contratação do laboratório, pela Emasa, atende a um termo de ajuste de conduta (TAC) firmado com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), para análise da qualidade da água do mar. Diante dos resultados obtidos pelo IMA, o município passará, a partir de agora, a fazer coletas próprias três vezes por semana.

Segundo informação da Emasa, não será necessário nenhum investimento extra. O contrato atual, que encerra em março, prevê 52 coletas semanais e 17 extraordinárias.