A repercussão do anúncio de que Florianópolis terá um “passaporte de vacinação” até a temporada fez o prefeito de Balneário Camboriú, Fabricio Oliveira (Podemos), avisar de antemão que não seguirá o exemplo da Capital. A informação foi publicada por ele nas redes sociais, ainda na noite de segunda-feira (23).
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Estou sendo questionado sobre medidas que exigirão passaporte de vacinação em alguns municípios. Informo que tal medida não será adotada em Balneário Camboriú.
— Fabrício Oliveira (@fabriciopref) August 23, 2021
Em Florianópolis, o “passaporte” está longe de ser unanimidade e provocou reação e notas de protesto entre entidades que atuam no turismo. A alegação dos empresários é que o setor, já prejudicado pela pandemia, poderia sofrer com restrições de acesso.
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Mas, sejamos honestos: quantos brasileiros não vão se vacinar? Uma estimativa feita pelo Instituto Datafolha, em abril, apontava que 94% da população era favorável à vacina contra a Covid-19. Temos uma população que em sua grande maioria não rejeita vacinas, graças a um modelo exemplar de acesso com um programa público, gratuito e capilarizado.
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Para atender àquela pequena parcela de cidadãos que se nega a receber a vacina, nosso turismo abre mão de se vender como um destino mais seguro. A ideia é exigir os “passaportes de vacinação” apenas em locais fechados e com potencial de aglomeração, justamente onde os riscos são mais altos.
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A iniciativa tem funcionado em países europeus e nos Estados Unidos. Além de estimular os “fujões” a buscarem a vacina – o que já valeria o passaporte – no caso dos destinos turísticos ela tem outras funções. É um recado, um selo simbólico de segurança para os visitantes. Além disso, protege o sistema de saúde.
É fato que as vacinas não controlam sozinhas a transmissão da Covid-19, mas elas evitam uma boa parte das internações e mortes, e isso tem implicações na rede local de assistência. Vale lembrar que, no verão passado, hospitais do Litoral também atenderam turistas com Covid-19. No mínimo, as vacinas ajudam a reduzir esses números.
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É uma pena que um destino popular como Balneário Camboriú, que atrai milhares de turistas todos os anos, deixe de “surfar a onda” da segurança. Se eu estivesse hoje em busca de um lugar para passar as férias, colocaria os destinos com passaporte de vacinação no topo da lista.
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