Balneário Camboriú alcançou em abril o maior índice de crescimento da coleta seletiva – 16,4% a mais, em relação ao ano passado. Foram 164 toneladas, contra 141 em abril do ano passado. É uma pequena vitória para um grande problema: desde março a Secretaria do Meio Ambiente e a Ambiental, concessionária que presta o serviço na cidade, estão em campanha pela melhoria nos índices de reciclagem, que estão abaixo da média nacional em cidades que mantêm o serviço.
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Mesmo com o crescimento de abril, o material que chegou à coleta seletiva corresponde a apenas 4% do total de lixo recolhido na cidade no mês. Pesquisa feita pelo próprio projeto, com moradores, revelou que o modelo de ocupação de Balneário Camboriú, verticalizada, interfere na relação das pessoas com a maneira como descartam o lixo reciclável.
Embora a coleta passe uma vez por semana, 42% dos moradores fazem o descarte diariamente. E na maioria dos prédios alega-se que não há separação de resíduos porque os moradores não se dão o trabalho de selecionar o lixo.
Trabalho de conscientização
No início do ano, uma equipe de sensibilizadores visitou 1,7 mil edifícios e mais de 900 comércios apontados como grandes geradores de resíduos, para um trabalho de conscientização. A Ambiental aumentou de duas para seis as equipes da coleta seletiva, e até o fim do ano mais duas estarão em atividade, para reforçar o trabalho.
A estimativa é que, com a separação correta, Balneário Camboriú poderia alcançar 2 mil toneladas de lixo reciclável por mês. O recorde, até agora, foi em janeiro deste ano, com 190 mil.
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Balneário ficou conhecida internacionalmente como a Dubai Brasileira por seus prédios altos. Em relação ao lixo, poderia querer ser comparada com a Alemanha, que recicla 60% de todo o lixo que produz.