A identidade do homem que morreu em uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) foi confirmada pelas autoridades no final da noite desta quarta-feira (13). O catarinense Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, de Rio do Sul, foi vítima dos explosivos que carregava, e que foram acionados em meio à Praça dos Três Poderes.

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Também pertencia a ele o carro Kia Shuma prata, com placas de Palhoça, que estava carregado de material explosivo e foi estacionado a poucos metros do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Pouco antes dos atentados, Francisco Wanderley Luiz publicou uma série de mensagens nas redes sociais em que faz referência a bombas contra o Supremo.

As publicações indicam que ele já havia circulado pela área interna do STF, em uma visita guiada. Francisco Wanderley Luiz também esteve reiteradas vezes na Câmara dos Deputados, onde visitou o gabinete do deputado federal catarinense Jorge Goetten (Republicanos).

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Em conversa com a coluna, Goetten disse que conhecia Francisco Wanderley Luiz há mais de 30 anos em Rio do Sul, e que nas visitas dele ao gabinete ambos falaram do passado. Luiz era proprietário de baladas em Rio do Sul, e Goetten era dono de restaurante.

Quem é Francisco Wanderley Luiz:

Segundo Goetten, a última passagem de Luiz pelo gabinete ocorreu em agosto deste ano. O deputado não estava presente, e ele conversou com a equipe ao longo de uma tarde. Disse que havia alugado uma casa em Ceilândia, região do Distrito Federal que fica junto à Capital.

O deputado diz que Luiz vinha apresentando sinais de depressão e citava como causa o divórcio. Ainda de acordo com Goetten, o ex-empresário não demonstrava, nessas conversas, tom extremista.

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– Lamento pelo que ocorreu, por ele e pelo que ele ocasionou. Poderia ter deixado mais vítimas. É coisa de quem não está bem mentalmente – afirmou o deputado.

O caso teve acompanhamento da inteligência da Polícia Civil de Santa Catarina, que manteve contato com a Polícia Civil do DF. As investigações, agora, ficarão apenas com o STF.