A Associação Catarinense de Imprensa (ACI) publicou uma nota que lembra o papel importante do jornalismo profissional diante da tragédia climática no Rio Grande do Sul, e apela para a responsabilidade das lideranças – especialmente as que têm mandato.
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“Algumas dessas lideranças têm insuflado seus militantes contra o trabalho da imprensa, criando uma disputa que não interessa aos que mais necessitam de apoio. É hora de somar, como vêm somando milhões de brasileiros que ajudam com doações ou com trabalho voluntário”, diz a nota.
Ao longo dos últimos dias, a proliferação de desinformação nas redes sociais tem dificultado o trabalho dos jornalistas que cobrem as enchentes em território gaúcho – inclusive impedindo a divulgação de informações que, até agora, foram essenciais para alimentar a onda de solidariedade que tomou conta do país, e que é tão necessária para atender quem perdeu tudo o que tinha.
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Muitos jornalistas empenhados na cobertura também são vítimas da tragédia. Apesar disso, cumprem o dever de informar. Isso está relatado na nota da ACI:
“Os profissionais de imprensa, muitos deles também vítimas dos estragos causados pelas cheias, estão na linha de frente de uma cobertura que apresenta um cenário inédito e dramático em que proliferam notícias desencontradas, ainda em apuração ou evidentemente falsas”.
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Veja a nota na íntegra:
“O Brasil vive um momento de comoção diante do drama dos irmãos gaúchos que sofrem os efeitos de uma das maiores catástrofes climáticas da nossa história. Nesse contexto, a Associação Catarinense de Imprensa (ACI) pede serenidade para evitar que os ânimos acirrados e o justificado senso de urgência criem conflitos onde deve imperar a solidariedade.
Os profissionais de imprensa, muitos deles também vítimas dos estragos causados pelas cheias, estão na linha de frente de uma cobertura que apresenta um cenário inédito e dramático em que proliferam notícias desencontradas, ainda em apuração ou evidentemente falsas.
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Esse contexto exige de todos maior cautela. Só a boa informação – bem apurada, precisa e sem exageros sensacionalistas – vai ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul. Mas esse contexto também exige responsabilidade de quem tem mandatos ou ocupa outros espaços com poder de mobilização para evitar trazer para o ambiente do desastre a acirrada polarização política nacional.
Algumas dessas lideranças têm insuflado seus militantes contra o trabalho da imprensa, criando uma disputa que não interessa aos que mais necessitam de apoio. É hora de somar, como vêm somando milhões de brasileiros que ajudam com doações ou com trabalho voluntário”.