O incêndio que destruiu a sede do Warung, reconhecido como uma das melhores baladas eletrônicas do mundo, levantou uma série de informações sobre uma suposta venda do terreno onde ficava a estrutura, à beira-mar no Canto Norte da Praia Brava, em Itajaí. Ao longo dos anos o clube recebeu inúmeras propostas pela área – mas, segundo informações oficiais da casa, ele não foi vendido, ao contrário de boatos que circulam nas redes sociais.
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O terreno do Warung está em uma área disputada pela construção civil na Praia Brava – um símbolo do eterno impasse entre a preservação ambiental e o desenvolvimento do mercado imobiliário no Litoral de Santa Catarina. O Canto Norte da Brava, também conhecido como Canto do Morcego, é alvo do interesse e do assédio das construtoras.
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O Canto Norte vive uma queda de braços entre o setor econômico, que pressiona por mudanças nos parâmetros do Plano Diretor, hoje em fase de revisão, e a Associação de Moradores da Brava, que quer a preservação do máximo possível da área. Nos últimos 10 anos, o local já foi alvo de protestos de grande repercussão, como o Abraço ao Canto do Morcego, que pediu a interrupção das liberações de obras no local.
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As imagens do incêndio, especialmente as que mostram os estragos do alto, indicam o quanto a área é delicada do ponto de vista ambiental, coberta por mata costeira. Boa parte dos terrenos do Canto Norte é área de preservação, o que tem “segurado” a velocidade das construções. Apenas um empreendimento foi erguido até agora à beira-mar, beneficiado por uma lei antiga. O prédio faz divisa com o terreno do Warung.
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No ano passado, um acordo entre a prefeitura de Itajaí, o Instituto Itajaí Sustentável (Inis), que é o órgão ambiental municipal e o Sinduscon encerrou uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) que questionou o sombreamento da Praia Brava. A negociação estabelece que nenhuma edificação na orla, no Canto Sul e no Canto Norte, pode sombrear a praia antes das 17h.
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