Antes mesmo de iniciar a campanha eleitoral, o governador Jorginho Mello (PL) dizia à equipe e aos mais próximos que teria uma “bala de prata” no plano de governo. Só quando a proposta ficou pronta souberam que se tratava da Universidade Gratuita. Desde então, o projeto passou a ser tratado como a principal promessa de Jorginho.
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Internamente, a avaliação é de que a proposta ajudou o governador a vencer a eleição. O grande impulsionador da candidatura de Jorginho foi evidentemente o 22 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – mas, para a equipe que acompanhou o governador na campanha, a Universidade Gratuita teria sido a responsável pelo 1% de votos que Jorginho teve a mais que Bolsonaro em SC no segundo turno.
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Eleito, o governador garantiu que colocaria o programa em pé no primeiro ano de governo. Entregue em maio à Alesc, o projeto enfrentou problemas na articulação política. O assunto era complexo, demandava mudança na constituição estadual e o governo tinha pressa – mas os deputados avaliavam que faltava empenho. A proposta ganhou vida própria no Legislativo, sob a condução do presidente da Casa, deputado Mauro de Nadal (MDB).
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Ao fim e ao cabo, o projeto aprovado não é exatamente como Jorginho gostaria. O governo precisou ceder em relação às universidades privadas e teve que negociar internamente para contemplar a base ideológica do próprio PL, que é refratária a assuntos que envolvam concessão de bolsas e Ensino Superior – saiu daí o jabuti do teste toxicológico, que tende a ser judicializado. Politicamente, a Universidade Gratuita expôs fragilidades do governo. Apesar disso, o programa foi aprovado – e por ampla maioria.
Como o jabuti do teste toxicológico foi parar dentro da “Universidade Gratuita”
Mesmo com todas as arestas que o projeto possa ter – e os próprios deputados admitiram que muitos pontos terão que ser aperfeiçoados com a proposta já implementada – o fato é que Jorginho contabiliza uma vitória pessoal. Concorde-se ou não com a Universidade Gratuita, o governo entrega o que prometeu.