A apreensão recorde de 1,3 tonelada de cocaína em Santa Catarina nesta quarta-feira (7) – a maior já feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado – é resultado da integração inédita das forças policiais no combate ao crime organizado.
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A operação foi comandada pela Ficco, as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, um modelo recente implementado pelo Ministério da Justiça nos estados, que tem funcionado bem em SC.
A proposta, lançada no ano passado pelo então ministro Flávio Dino, prevê o compartilhamento de informações de inteligência e a atuação conjunta. Em Santa Catarina, a Ficco reúne Polícia Federal, PRF, Polícia Civil, Policia Militar e Polícia Penal, com coordenação do experiente delegado Nelson Napp, da PF, que foi diretor da divisão de combate às drogas na Superintendência estadual.
O modelo da Ficco é inspirado no das polícias norte-americanas, em que as informações compartilhadas em tempo real entre as corporações ampliam o monitoramento das organizaçoes criminosas, sem ascendência de uma sobre a outra.
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O exemplo é interessante diante do avanço da PEC da Segurança, que prevê mudanças no relacionamento entre as polícias. Esse tipo de cooperação local pode ser mais eficaz, por exemplo, do que uma centralização dos esforços em Brasília, como se discute na PEC.
A cocaína interceptada na BR-101 em Itajaí, na quinta-feira, estava na carroceria de um caminhão que saiu de Foz do Iguaçu (PR) com destino ao Porto de Imbituba, em Santa Catarina. As investigações sobre a origem da droga seguirão internamente nas equipes da Ficco.