Jorginho Mello (PL) escolheu pouco alarde como estratégia para o anúncio dos primeiros nomes do secretariado do futuro governo. Mesmo tendo escolhido nomes que contemplam a exigente ala bolsonarista para a “estreia”, as confirmações serão feitas em uma coletiva de imprensa “espremida” em meio a uma reunião do fórum parlamentar com o ministro do Desenvolvimento Regional e o jogo do Brasil pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
Continua depois da publicidade
Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp
A decisão de reduzir os holofotes sobre o primeiro anúncio passa por uma dificuldade maior do que o esperado para a definição do colegiado. Apesar disso, pastas importantes passarão a ser associadas ao nome a quem estarão subordinadas a partir de janeiro. É o caso da Saúde e da Educação, que ficarão com Carmen Zanotto e Aristides Cimadon, respectivamente – anúncios sem nenhuma surpresa. Na Fazenda, Jorginho confirmará o nome de Cleverson Siewert, como adiantou a colunista Estela Benetti.
Bolsas na Acafe prometidas por Jorginho não serão incluídas neste ano no orçamento
Também deve ser confirmado o deputado federal Coronel Armando para comandar a Defesa Civil. Próximo do presidente Jair Bolsonaro, ele ficou de fora da Câmara dos Deputados para o ano que vem e é um nome que sinaliza aos bolsonaristas, um compromisso que o governador eleito tem a cumprir.
Continua depois da publicidade
Há expectativa de confirmação de Filipe Mello, filho de Jorginho, seu braço direito e articulador político, para uma das secretarias estratégicas do próximo governo – assim como a confirmação do coordenador da equipe de transição, Moisés Diersmann, como integrante do colegiado. Esses anúncios, no entanto, podem ficar para um segundo momento para ajustar as acomodações internas.
O governo muda, mas o orçamento secreto não
Outro anúncio que deve ser feito nesta segunda é a confirmação do advogado Márcio Vicari, de Florianópolis, como Procurador Geral do Estado. Vicari advogou para Jorginho no processo eleitoral movido contra a chapa do senador por Lucas Esmeraldino, em 2018. Esmeraldino tentou cassar a eleição de Jorginho questionando a data de filiação do suplente, Beto Martins.
Confira outras colunas de Dagmara Spautz
Além de ser um parceiro de longa data, Vicari atende, assim como Coronel Armando, a “cota” bolsonarista no colegiado de Jorginho. O advogado é uma indicação da deputada federal Caroline de Toni.
Leia também
Colunistas
Transição de Jorginho não mexe no orçamento e põe em dúvida promessas de campanha