O ano de 2023 fecha com 100% de aproveitamento para o governo Jorginho, que aprovou todas as pautas prioritárias que enviou para a Assembleia Legislativa – inclusive num tema sensível como a Previdência. Mas esse resultado deve-se muito ao protagonismo da Alesc, em especial dos deputados mais experimentados, que assumiram as rédeas nos momentos em que faltou articulação com o Executivo.
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O Legislativo deu ritmo no andamento dos projetos, nas conversações com segmentos interessados e com o próprio governo, compensando as dificuldades de articulação da base mais radical e a própria limitação de trânsito da liderança de governo, que foi notória ao longo do ano.
Apesar das naturais e democráticas diferenças entre os deputados, o presidente Mauro de Nadal (MDB) conduziu a Assembleia para o consenso – ou quase – em alguns dos principais assuntos tratados no ano.
O papel da Alesc foi fundamental, por exemplo, para a aprovação da Reforma Administrativa de Jorginho, e para a implementação do programa Universidade Gratuita – uma promessa de campanha do governador.
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Também houve um papel importante do Legislativo na construção do TEV – as transferências especiais voluntárias. Logo após o recesso de julho, os deputados chamaram o governo para buscar uma maneira de destravar as verbas.
A Assembleia também liderou a proposta de construção de um caixa coletivo em favor dos municípios atingidos por desastres climáticos, com adesão de todos os poderes e contrapartida do Executivo. A campanha começou pelo Legislativo, com o direcionamento de R$ 30 milhões, e os demais poderes seguiram pelo mesmo caminho.
Outro ponto importante foi a construção de uma proposta para o enfrentamento da violência nas escolas, um assunto que mexeu com o Estado em 2023. Ao dar sequência às discussões ao longo de todo o ano, o Legislativo assumiu um papel importante no debate sobre prevenção.
Para o governo, o desafio é manter a boa-vontade do Legislativo em 2024. E isso passa por aparar as arestas na articulação.
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