O jornalista Leandro Demori, editor-executivo o site The Intercept Brasil, prestou depoimento nesta terça-feira (11) à Polícia Civil em Balneário Camboriú. Ele relatou os detalhes sobre a perseguição e ameaça que sofreu no último domingo (9), quando estava na companhia da mulher e do filho de três anos na Avenida Brasil. Um homem seguiu o jornalista e a família, tocou em seu ombro e disse: “se liga que a vida do teu filho depende de ti”.

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A Polícia Civil instaurou um procedimento e deu início as investigações, que estão a cargo do delegado David Queiroz. Ele não comentou sobre os próximos passos. Ainda na segunda-feira, a Polícia Militar identificou o responsável pelas ameaças por meio de imagens de câmeras de monitoramento.

Demori, que coordenou a série de reportagens sobre os arquivos da Vaza Jato, recebeu a solidariedade de centenas de colegas jornalistas nas redes sociais, como Natuza Nery, Carla Vilhena, Daniela Lima e Marcelo Lins, entre outros. 

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Repúdio

Nesta terça, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou uma nota de repúdio à ameaça sofrida por Leandro Demori. Ressaltou que o jornalista estava ao lado da mulher e do filho pequeno, e classificou como preocupante a “escalada da agressividade direcionada aos profissionais em razão do trabalho que realizam de informar, apurar e fiscalizar o poder público, as figuras de interesse público e as instituições”.

A nota segue com um manifesto de solidariedade aos jornalistas que têm sido alvo de ataques:

“A PM foi rápida em identificar o suspeito e a Abraji espera que todo o caso seja apurado com rigor e rapidez em Santa Catarina. A entidade se solidariza com Demori e sua família e com os profissionais de imprensa que têm sofrido ataques por seu trabalho, sejam eles desferidos por agentes públicos do alto escalão ou por anônimos nas ruas. A Abraji acompanha e monitora essas ameaças e ofensas em todo o país”.

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