O edital de licitação para as obras de alargamento da faixa de areia da Praia Central de Balneário Camboriú, apresentado nesta quarta-feira (18), prevê triplicar o espaço disponível na orla – dos atuais 25 metros, em média, para 70 metros. O lançamento destacou a importância da obra para a recuperação da faixa de areia, que vem reduzindo ao longo dos anos, e para garantir novo impulso econômico à cidade.
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— Uma obra esperada há muito, primeiro no sentido de proteção da praia, depois como impulsionadora de melhorias no nosso principal cartão-postal: a Praia Central. Esta recuperação de faixa de areia devolve à Praia Central as condições que ela tinha originalmente e proporciona a oportunidade de oferecermos, num segundo momento, equipamentos que melhorarão em muito a qualidade da praia para o morador e o turista – disse o prefeito Fabrício Oliveira.

Durante o lançamento,acompanhado por empresários e representantes da sociedade civil, ressaltou-se que a obra é discutida há três décadas em Balneário Camboriú. Chegou a passar por um plebiscito, em 2001, acompanhado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), em que os moradores puderam opinar sobre a obra.
O projeto licitado foi entregue em 2017 à prefeitura pelo Instituto +BC, uma organização formada por empresários que pagou pela proposta e fez a doação ao município. Desde então, tramitava no Instituto do Meio Ambiente (IMA) para obtenção das licenças.
A prefeitura chegou a considerar a possibilidade de abrir uma licitação internacional para a obra, mas voltou atrás. Segundo o prefeito, o processo seria mais lento e burocrático. No entanto, como grandes empresas de todo o mundo têm escritórios no Brasil, é provável que entrem na concorrência.
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A licitação tem valor de referência de R$ 85 milhões, e prevê o engordamento da praia com 2 a 3 milhões de metros cúbicos de areia, que serão retirados de uma jazida a 15 quilômetros da orla. Uma draga de grande porte suga a areia na jazida, acondiciona em uma cisterna, e depois navega até a praia, onde a areia chega por meio de dutos. Máquinas fazem o nivelamento e "empurram" o mar para dentro.
Para que o trabalho não seja perdido ao longo do tempo, o Molhe do Pontal Norte foi estendido. Junto com o molhe da Barra Sul, formará uma barreira de contenção para o alargamento da praia.
Urbanização
As obras licitadas incluem, neste momento, apenas o alargamento. A previsão é que iniciem em março do ano que vem, e estejam concluídas em até sete meses.
O próximo passo serão as obras de urbanização. Ainda não há projeto definido, mas a prefeitura adiantou, durante o lançamento do edital, informações sobre as expectativas para a nova configuração da orla. Além de uma calçada mais espaçosa, com novos modelos de quiosques, a proposta inclui faixa exclusiva de transporte – o que deve melhorar o trânsito na Avenida Atlântica.
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