As obras de alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú recém começaram, mas as previsões dos especialistas em investimentos, de que a empreitada provocaria valorização nos imóveis à beira-mar, já se confirma. Em três lançamentos, de diferentes construtoras, os apartamentos estão sendo oferecidos ao mercado por preços que variam de R$ 37 mil a R$ 42 mil o metro quadrado – um aumento de quase 10% em relação aos preços cobrados até o segundo trimestre deste ano.

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O levantamento é do consultor Renato Monteiro, da Sort Investimentos, que é especialista em investimentos imobiliários. Segundo ele, a valorização está diretamente ligada às obras de engordamento da faixa de areia.

– O alargamento valoriza os imóveis porque melhora a qualidade de vida, vai melhorar a mobilidade urbana após a fase de reurbanização e trará um upgrade visual. Além disso, aumenta a possibilidade de frequentar a praia porque ela não ficará mais tão lotada. Os imóveis tendem a valorizar – avalia.​

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Em abril, em entrevista à coluna, Monteiro já havia previsto que os imóveis à beira-mar alcançariam R$ 40 mil o metro quadrado com as obras de alargamento – e ressaltou que a área mais beneficiada seria a Barra Sul, onde estão alguns dos principais lançamentos recentes.

– Os preços dos lançamentos mostram que o valor foi alcançado antes mesmo da finalização da obra e reurbanização – ressalta.

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As projeções convergem com estimativa da consultoria norte-americana Appraisal Institute, que avaliou a valorização no mercado imobiliário em cidades dos Estados Unidos que passaram por obras de alargamento e requalificação da faixa de areia. O instituto calculou que nas praias de Garden City e Surfside Beach, ambas na Carolina do Sul, a cada 10% de aumento no espaço da praia, os imóveis à beira-mar valorizaram 2,6%.

A expectativa é que a valorização não se concentre apenas nos apartamentos da Avenida Atlântica, mas tenham efeito em cascata e impactem o mercado imobiliário em toda a cidade. Se essa tendência se confirmar, Balneário Camboriú poderá ter os imóveis mais caros do Brasil. Hoje, de acordo com o FipeZap, a cidade ocupa o quarto lugar no país, atrás do Rio de Janeiro, que lidera a lista, São Paulo e Brasília. O preço médio é de R$ 7,4 mil por metro quadrado.

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A obra

O alargamento da faixa de areia começou no último domingo (22), e avança com rapidez. A expectativa é que as obras sejam finalizadas até o fim de outubro, antes da temporada de verão. O município investirá R$ 66 milhões no engordamento da faixa de areia.

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A próxima fase será a reurbanização, que ainda não tem prazo nem estimativa de custos. A prefeitura pretende requalificar a Avenida Atlântica, com mais espaços de convivência e áreas verdes.

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