A cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) durante o debate eleitoral da TV Cultura, na noite de domingo, é o ato mais recente de uma campanha eleitoral marcada pelo baixíssimo nível em São Paulo. A agressão física é um ato injustificável de descontrole. Assim como a estratégia de empurrar o embate para a baixaria, mirando na provocação.
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Pior que as cenas lamentáveis tenham ocorrido no Dia da Democracia, comemorado em 15 de setembro. Um lembrete do que está em jogo quando o processo eleitoral vira baderna.
Vivemos a era da “economia da atenção”, em que o inusitado, a lacração, valem mais do que o embate de ideias. Prova disso é que, nesta segunda, as discussões de bastidor são obre quem “ganha” e quem “perde” com a cadeirada.
Datena diz que Marçal “precisava ser contido” e espera ter “lavado a alma de milhões”
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Apesar de ter saído caminhando do estudio da TV Cultura e chamado o agressor para continuar a briga, Marçal apressou-se em uma comparação descabida com a facada que atingiu Jair Bolsonaro (PL) em 2018, e com o atentado contra Donald Trump na Pensilvânia, de olho no “efeito vitima”
Por outro lado, seus opositores tentam colar em Datena o papel de “vingador” de quem não aguenta mais a truculência verbal de Marçal. Correm memes chamando a agressão absurda de “cadeirada antifascista”.
Vídeo de bastidores mostra momento em que Datena tenta agredir Marçal com cadeira pela segunda vez
A esta altura, quem se saiu melhor no debate e as propostas confrontadas viraram acessório. É a espetacularização da política em seu nível mais rasteiro.
Quem perdeu, mais uma vez, foi o eleitor de São Paulo. Para o resto do Brasil, resta a expectativa de que o vírus da baixaria não seja transmissível.
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