Neste domingo, um morador de Santa Catarina foi interceptado na barreira sanitária do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, porque viajava com febre. Identificado, ele passou por teste de Covid-19 e foi encaminhado preventivamente para um hotel de isolamento, até que saia o resultado da testagem.

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O procedimento foi implementado pela prefeitura de São Paulo como forma de tentar barrar a circulação de casos suspeitos diante da ameaça da nova variante, que foi identificada inicialmente na Índia.

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A barreira municipalizada de São Paulo é um reforço ao trabalho da Anvisa, responsável pela fiscalização sanitária nos aeroportos. O sinal de alerta para a falta de controle eficaz soou depois que, há duas semanas, um morador do Rio de Janeiro, que veio da Índia e chegou ao Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos, passou por três cidades e teve contato com dezenas de pessoas até que a contaminação foi confirmada e o passageiro, isolado. Especialistas consideram que ocorreu uma falha de vigilância.

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Em Santa Catarina, os dois maiores aeroportos – Florianópolis e Navegantes – não têm ações de fiscalização sanitária complementares ao trabalho da Anvisa. Na Capital, a prefeitura suspendeu há poucos dias o trabalho dos fiscais municipais, que foram redirecionados para a fiscalização de restrições sanitárias na cidade.

O entendimento foi que, após a vacinação dos servidores, a Anvisa está com o quadro completo e não haveria mais necessidade do reforço municipal. Os fiscais atuavam na área de embarque e desembarque doméstico, que não tem mais cobertura – com exceção das câmeras térmicas, instaladas pelo próprio aeroporto, que identificam pessoas com febre.

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A Anvisa informou, em nota, que executa em Florianópolis divulgação de material informativo, fiscalização dos testes apresentados pelos viajantes internacionais, abordagem de aeronaves para identificação de casos suspeitos e fiscalização do uso de máscara e distanciamento social no interior do terminal.

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Viajantes relatam, no entanto, que falta controle nos aeroportos – e esse não é um problema exclusivo de Santa Catarina. Diferente de outros países, que exigem isolamento obrigatório e acompanham quem chega de fora do país por até dez dias depois do desembarque internacional, no Brasil falta efetividade na barreira sanitária. E, uma vez em território brasileiro, o viajante pode se deslocar pelos estados em voos domésticos sem passar por novo controle – o que potencializa o risco diante do surgimento de novas variantes como a que foi descoberta na Índia, e que é apontada como a causa para a explosão de casos e óbitos no país asiático.

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Com mais de um ano de pandemia, continuamos falhando em medidas básicas de proteção no Brasil, e o controle dos aeroportos é uma delas. O vírus agradece.

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