A Divisão de Investigações Criminais (DIC) da Polícia Civil de Balneário Camboriú cumpriu, nesta sexta-feira (17), quatro mandados de prisão temporária que fazem parte do inquérito que apura o assassinato do empresário Humberto Luiz Cavazzotto, 49 anos, morto a tiros em janeiro deste ano. Ele foi executado em frente à casa onde morava, na Rua 3.110. Para a polícia, um advogado é o mandante do crime.

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O delegado Ícaro Malveira, responsável pelo caso, prendeu o advogado suspeito no dia 13 de março. A prisão dele, no entanto, só foi divulgada nesta sexta, quando a polícia deteve outras quatro pessoas que teriam participado do crime. Dois homens foram presos no Rio Grande do Sul. Outro homem foi detido em Itapema e a namorada do advogado também foi presa, em Balneário Camboriú. A polícia não divulgou os nomes dos suspeitos.

De acordo com o delegado, a morte de Cavazzotto foi encomendada por R$ 5 mil. A motivação para o crime teria sido uma dívida de R$ 100 mil – valor de um carro que o advogado comprou do empresário, em 2018.
O veículo teria sido pago com um cheque sem fundos, segundo a polícia.

– A vítima começou a cobrar a dívida de forma veemente, chegou a contratar cobradores para pressionar o advogado, para que ele realizasse o pagamento – afirma o delegado.

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Segundo ele, dias antes do crime o advogado se sentiu perseguido ao encontrar com o empresário e duas pessoas que haviam sido contratadas para a cobrança.

– Ele entrou em pânico, achou que seria morto. No mesmo dia começou a planejar o assassinato. Ele e a namorada começaram a falar sobre como contratar (o assassino).

Assassino contratado no RS

Ainda de acordo com o delegado Ícaro Malveira, o casal fez contato com um presidiário na cidade de Osório (RS), que indicou o assassino. No sábado, 18 de janeiro – dois dias antes do crime – o advogado usou um carro alugado para buscá-lo em Porto Alegre (RS). O homem ficou hospedado em um hotel às margens da BR-101, onde fez check in com identidade falsa.

No dia seguinte, o advogado teria acompanhado o assassino em um assalto. Ficou no carro, enquanto ele roubava o veículo que seria usado na execução do empresário. Segundo o delegado, o veículo teve as placas adulteradas por um homem de Itapema, que também foi preso nesta sexta.

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No dia do crime

Cavazzotto foi morto no dia 20 de janeiro. Ele tinha o hábito de tomar chimarrão com amigos pela manhã na frente de casa, o que foi informado pelo advogado ao executor do crime, segundo a polícia. O homem se aproximou, atirou seis vezes e fugiu no carro roubado, que foi abandonado a algumas quadras de distância, na Rua 3.300.

– Ele saiu andando pela Marginal à procura do mandante (o advogado), que ainda estava com o carro alugado. O advogado ajudou o executor a fugir e os dois partiram imediatamente para Porto Alegre. No percurso, arremessaram arma no matagal.

O delegado diz que o advogado nega o envolvimento no crime, mas que a participação dele como mandante está relatada em provas documentais.

Malveira espera concluir o inquérito na semana que vem, e remetê-lo à Justiça. O delegado disse que os suspeitos deverão ser enquadrados nos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, assalto e adulteração de identificação de veículo. Somados, os crimes podem chegar a até 50 anos de prisão.

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