O número de abstenções nas eleições municipais em Florianópolis surpreendeu ao manter o mesmo patamar de 2020, quando o pleito ocorreu em meio ao auge da pandemia de Covid-19. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, o percentual de ausências neste domingo (6), na Capital, foi de 28,05%.
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O índice é maior que a média do Estado e a média nacional, ambas de 21%. Ao todo, 115.220 eleitores não compareceram às urnas. É mais que o dobro da votação do segundo colocado na disputa eleitoral, o deputado estadual Marquito (PSOL), que fez 61.509 votos – 22,23% dos votos válidos.
Os dados de Florianópolis chamam atenção porque são bem elevados do que o padrão de abstenções na Capital até a pandemia. No primeiro turno de 2016, 17% dos eleitores dos eleitores deixaram de votar.
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As abstenções convergem com um dado preocupante revelado pela pesquisa Quaest, contratada pela NSC TV e divulgada na véspera da eleição. Entre os entrevistados, 44% disseram ter pouco interesse na eleição municipal. Outros 13% afirmaram não ter nenhum interesse. Somados, são 57% de desinteressados.
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O número é muito elevado considerando que a escolha de prefeito e vereadores diz respeito aos serviços mais próximos do cidadão, como a fila no posto de saúde, a vaga em creche ou o buraco de rua.
Uma leitura possível é que falta engajamento do eleitor, o que passa por uma baixa percepção da importância do processo de escolha, da diferença que ele faz no dia a dia, e falta de confiança na política. É um mau sinal para a democracia.
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