Adriano Silva (Novo), prefeito de Joinville, foi eleito como símbolo do que se convencionou chamar de “nova política”. Jovem, outsider, camiseta laranja. Na segunda-feira (17), ele deu um show de deselegância ao deixar o auditório da Associação Empresarial de Joinville (Acij) ignorando a fala de Décio Lima (PT), logo depois de ouvir Jorginho Mello (PL), – seu candidato favorito ao governo do Estado.
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Os candidatos foram convidados por entidades para falarem a empresários e lideranças locais. Esqueceu-se, o prefeito, de que não estava numa reunião de partido ou imbuído da tarefa de cabo eleitoral – mas da posição de político eleito.
Por respeito, deferência e submissão à democracia, o prefeito do maior colégio eleitoral de Santa Catarina deveria ouvir com igual interesse o que têm a dizer os dois candidatos que os catarinenses colocaram no segundo turno. Não importa de que lado estejam no espectro ideológico.
Quem conhece Adriano Silva garante que ele é uma estrela política em ascensão. Mas, se quer sobreviver às ondas e ganhar estatura, o prefeito deveria saber que, numa sociedade democrática, política se faz com divergência, tolerância, diálogo e respeito às liturgias e protocolos. Goste deles, ou não.
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