Às vésperas da eleição para presidente, a principal dúvida do processo sucessório é a influência que o fenômeno Jair Bolsonaro (PSL) exercerá na escolha do governador e dos deputados de Santa Catarina, um Estado onde o presidenciável lidera com folga as intenções de voto. Nas pesquisas divulgadas até aqui, se observou um descolamento entre a disputa nacional e o cenário local. Entretanto, por iniciativa dos próprios candidatos ao governo, os dois processos se sobrepuseram nas últimas semanas.

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A mudança de postura ocorreu porque mais apoiadores quiseram aproveitar a popularidade de Bolsonaro ou por que o desempenho de seus representantes na paróquia ameaçava posições hegemônicas? Acho que a primeira hipótese seja a mais provável, embora as ruas sinalizem um crescimento da campanha do PSL em SC.

De todo o modo, não acredito que essa tendência altere o panorama geral da eleição no Estado. MDB, PSD, PSDB e PP têm muita capilaridade no interior. Além disso, os porta-vozes de Bolsonaro não têm aqui a exposição midiática que seu líder alcançou em termos de país. Se a votação demorasse mais uma ou duas semanas, talvez o impacto fosse maior. Uma mudança, hoje, seria uma surpresa estrondosa.

Expectativa

No plano local, há uma grande expectativa com a votação do candidato a deputado estadual Ricardo Alba (PSL). A campanha do vereador soma popularidade ao DNA pró-Bolsonaro. Aliados próximos projetam uma votação recorde.

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Representatividade

A campanha do candidato a deputado Jovino Cardoso (PROS) se sustenta no slogan “Blumenau não pode ficar sem federal”. Com Décio Lima (PT), João Paulo Kleinübing (DEM) e Napoleão Bernardes (PSDB) fora do processo, há risco de que o município de fato fique sem representante em Brasília.

Mudança

Candidato a vice-governador pelo PT em 2002, o advogado Luiz Carlos Nemetz é hoje um dos mais apaixonados eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Agenda de votação

Os três candidatos ao governo do Vale votam pela manhã: Napoleão Bernardes (PSDB), às 8h30, no Pró-Família; João Paulo Kleinübing (DEM), às 9h15, no Colégio Bom Jesus; e Décio Lima (PT), às 10h, no Senac. Eles ainda não confirmaram o local para acompanhar a apuração dos votos.