A semana começa com a greve dos servidores públicos de Blumenau. Resultado de um processo que já incluiu quatro paralisações anteriores, o movimento tem dois desafios: reverter a tendência de desmobilização da categoria e provocar um avanço na proposta de recuperação salarial. Desde maio, a prefeitura insiste na reposição da inflação (1,69%) em janeiro de 2019, com o argumento de queda na receita, aumento nas despesas com o plano de carreira da saúde e risco de atraso no pagamento do fim de ano.
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Entre folha de dezembro, segunda parcela do 13º, férias e salário de janeiro, a administração estima um gasto de R$ 100 milhões. O desafio da gestão é sensibilizar os trabalhadores de que não há alternativa. Diante do impasse, tanto o governo quanto o sindicato correm riscos políticos com os rumos da greve. A adesão nesta segunda-feira servirá como termômetro para o que vem pela frente.
Presença do secretário
Até hoje o secretário executivo da ADR Blumenau, Miguel Soar (MDB), não foi apresentado aos diretores das escolas estaduais com sede na região. Anunciada a presença dele em duas reuniões, em nenhuma delas participou. O secretário tomou posse em maio.
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Baixas no bloco
O bloco parlamentar que MDB, PROS, PSB e PSD formam na Câmara de Blumenau terá uma ou duas baixas na próxima semana. Uma delas seria o vereador Jovino Cardoso (PROS).
Cálculo refeito
Depois de anunciar que o deputado Décio Lima (PT) liberou R$ 1 trilhão em verbas para Santa Catarina ao longo de três mandatos, o gabinete dele recalculou tudo e chegou a números mais modestos. Segundo a assessoria, na realidade trata-se de R$ 1 bilhão, entre emendas individuais, coletivas e recursos para programas federais no Estado.
Homenagem
A morte do jornalista Arthur Tadeu Dutra Monteiro, na última quinta-feira, nos priva do convívio com um dos personagens mais intensos do jornalismo de Blumenau. Irreverente, vibrante e generoso, deixa boas lembranças. A ele devo meu ingresso no Santa. Ao longo desses 30 anos, foi um professor, às vezes com métodos pouco ortodoxos, porém, carregados de afeto e discernimento.
Mesmo à distância, demonstrava preocupação com os rumos políticos daqui. Brizolista confesso, candidatou-se a vereador pelo PDT em 1988, mas não se elegeu. A campanha dele na época imortalizou um slogan na minha memória: “Não tá morto quem peleia. Vote doze, meia, meia, meia”.
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