A eleição para a presidência da Câmara de Vereadores de Blumenau reitera a fragilidade da relação entre o governo e os parlamentares. Todas as articulações da administração deram errado no curso do processo.

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A última foi a manobra para que o vereador Bruno Cunha (PSB) estivesse fora da Mesa Diretora. Ele não só permaneceu na chapa, como é o vice-presidente. Além disso, levou junto o vereador Professor Gilson (PSD), com quem articulou a proposta da terceira via.

Cunha representa um sopro de renovação num plenário (e um governo) conservador. Não se pode dizer que a nova direção da Câmara está nas mãos da oposição, mas ficou claro que a administração já não tem o controle absoluto das votações.

A postura equilibrada do novo presidente, Marcelo Lanzarin (MDB), contribui para uma atuação harmônica, mas independente do Poder Legislativo na relação com o Executivo, o que é bom para o município, desde uma perspectiva da democracia.

Para a gestão, os dois últimos anos de mandato impõem novos desafios políticos.

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