Desde a eleição da nova Mesa Diretora, dois blocos disputam o poder na Câmara de Vereadores de Blumenau. Um deles articulou a chapa que fez o atual presidente. A unidade desta aliança será colocada à prova a partir da próxima terça-feira, quando os vereadores retomam as reuniões ordinárias e definem a composição das comissões internas. Nos bastidores, há uma queda de braço pela indicação dos presidentes da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão de Finanças.

Continua depois da publicidade

De um lado, o vice-presidente Bruno Cunha (PSB) e o segundo secretário Professor Gilson (PSD). De outro, o primeiro secretário Almir Vieira (PP). Ambos se intitulam patronos da articulação que elegeu o presidente Marcelo Lanzarin (MDB) e, por consequência, herdeiros do espólio da vitória. A opção por um ou outro caminho aponta dinâmicas diferentes na condução dos trabalhos.

Cunha e Professor Gilson proclamam independência na relação com a prefeitura. Vieira, ao contrário, é pragmático. Preocupa-se menos com a repercussão do discurso e mais com o futuro político. Nesse contexto, causaria surpresa a ascensão de Cunha e Professor Gilson à presidência das comissões. Mais provável seria a indicação de Jovino Cardoso (PROS) e Alexandre Caminha (PSD), alinhados com Vieira.

Por razões diferentes, nenhuma das candidaturas desperta sorrisos no governo, para quem a divisão no plenário representa um risco à estabilidade político-administrativa a dois anos das eleições.

***

Continua depois da publicidade

Planos do ex-prefeito

Anunciado como representante do senador Jorginho Mello (PR) em uma solenidade pública, o ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) nega as especulações que o gesto despertou. Segundo ele, os planos não mudaram. O foco segue na carreira profissional, dividida entre a atuação acadêmica e o escritório de advocacia.

***

Mais espaço

O vereador Ito de Souza quer mais espaço no diretório do PR. Ele formalizou o pedido à executiva estadual do partido. Hoje o vereador não integra a comissão provisória.

***

Quociente eleitoral

Mantida a proibição de coligações na próxima eleição proporcional, anuncia-se para março do ano que vem uma debandada dos atuais vereadores em direção aos grandes partidos. Há expectativa de que apenas as maiores siglas alcancem o quociente eleitoral de 13 mil votos. Com isso, das 10 representações com vaga em plenário, restariam apenas cinco ou seis.