São aquelas surpresas boas da vida. Você busca um livro que pode nos ajudar a escrever de forma mais límpida e atrativa e encontra muito mais do que isso. Encontra dicas de como é possível viver melhor. O livro tem nome óbvio – “Como escrever bem”, lançado aqui pela editora Três Estrelas. O autor é o escritor, crítico literário e professor americano William Zinsser, morto em maio de 2015. Uma das boas sacadas de Zinsser: “A paisagem do nosso dia a dia é abundante em mensagens absurdas e presságios. Observe-os”. Verdade, perder o estranhamento é como a morte. Não estranhar as coisas ao nosso redor, por mais banais e ridículas que sejam, é a opção por desistir da vida.
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Mas a principal dica de Zinsser permeia toda a obra: “Simplifique, simplifique”. E isso serve para tudo. Perseguir a clareza, a objetividade e a simplicidade sempre é prioritário. Em nossas relações de trabalho, com as pessoas que amamos, com os amigos, com os filhos, os vizinhos, os professores. Neste caso, clareza, objetividade e simplicidade são sinônimos de honestidade, retidão, integridade, lealdade, dignidade. Valores que aprendemos desde criança. Valores que não compramos na padaria ali da esquina.
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Fala-se o tempo todo que o Brasil vive tremenda inversão de princípios. Ser honesto aqui, para muita gente, é sinônimo de bobalhão, tonto, tolo. Para essa gente – e infelizmente não é pouca gente -, mais importante do que ser honesto é ser malandro, levar vantagem em tudo, fazer bandalha, corromper fiscal, tirar onda de esperto, furar fila, desrespeitar as leis mais básicas de nosso cotidiano. E aí entra mais um ensinamento de William Zinsser. Para ele, a escrita tem a ver com o caráter de quem escreve. “Se os seus valores são sólidos, o seu texto será sólido”. Parafraseando Zinsser: se os seus valores são sólidos, a sua vida pode ser sólida.
Por mais imperfeitos que sejamos, por mais erros que possamos cometer, por mais mentiras que possamos contar, por mais omissos que possamos ser, apostar na honestidade vai sempre valer a pena. Simplificar sempre valerá a pena. Somente assim a vida continuará a fazer algum sentido.
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Um amigo chegou dos Estados Unidos no fim da semana passada e estava assustado. “Ninguém fala de Copa do Mundo por aqui. O que está acontecendo? O que fizeram com esse país?”
Fiquei sem saber o que responder. O Brasil está aborrecido, as pessoas estão desanimadas, nosso futebol anda meio chato, a gente tem medo de outro 7 a 1, pensei…
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Não consegui uma explicação, mas vendi meu peixe: com a gente, em todas as plataformas da NSC Comunicação, a Copa vai ter uma baita cobertura, vai ser um baita show. Os catarinenses vão vibrar e se emocionar. Vai, Brasil.
Confira as colunas dos enviados à Russia: Cacau Menezes, Diorgenes Pandini e Moacir Pereira.
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Frase que corre nas redes sociais, do teatrólogo alemão Bertolt Brecht: “Alguns juízes são absolutamente incorruptíveis. Ninguém consegue induzi-los a fazer justiça.”
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Outro bom livro que vale a pena: “Sexoterapia” (editora Master Books), no qual a autora Ana Canosa mostra, com delicadeza, histórias reais de nossos conflitos e vontades. “Sexualidade é sexo, mas também é identidade, desejo, impulso e afeto”, afirma Canosa.
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Na série de entrevistas com os pré-candidatos à Presidência, este fim de semana é a vez de Geraldo Alckmin. Ótima oportunidade para conhecer as ideias e os projetos da possível aposta dos tucanos. Assinantes têm acesso ao conteúdo completo antecipadamente.
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