O mundo da comunicação esportiva perdeu, em poucas horas, três craques: Apolinho, Antero Greco e Silvio Luiz. Três craques, não. Três monstros que trouxeram humor e alegria às transmissões e discussões futebolísticas.
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- Washington Rodrigues, o Apolinho, foi um gênio do rádio. Foi ele quem criou o termo “chocolate”. Uma goleada virou “chocolate”. E lá pelos anos 80 do século passado o Flamengo de Zico, Adílio, Andrade, Nunes, Júnior, Leandro, Lico & Cia. era insaciável e metia “chocolate” em todo o mundo. Em 1995 ele meteu-se a ser treinador do Flamengo, seu time de coração. Era o time de Sávio, Romário e Edmundo. Foi um completo desastre. Mas o Apolinho das rádios foi sempre amado e idolatrado por geraldinos e arquibaldos, fossem eles rubro-negros ou não.
- Antero Greco era um gentleman. Mesmo na sisuda ESPN, brilhava ao lado de Paulo Soares, o Amigão, com comentários muitas vezes divertidos e sagazes. Eles mesmo não conseguiam segurar as risadas após as piadas. Encontrei o palmeirense Antero rapidamente, meia hora de papo, um profundo conhecedor do futebol brasileiro. Sobretudo, a educação em forma de gente.
- Conheci Silvio Luiz nos anos 80, quando a TV Bandeirantes passou a transmitir jogos do Campeonato Italiano para o Brasil. Era delicioso acompanhar o trio Silvio Luiz-Silvio Lancelotti-Giovanni Bruno. O Calcio tinha, na época, os melhores jogadores do mundo. E aprendemos a conviver com os bordões do Silvio Luiz: “Foi lá no gogó da ema”, “Foi, foi, foi ele, o craque da camisa…”, “Pelas barbas do profeta”, “O que eu vou dizer lá em casa?”, “Pelo amor dos meus filhinhos”. Era um espetáculo a narração de Silvio, torcedor do Botafogo como eu.
Apolinho, Antero e Silvio nos deixaram. E o mundo do futebol, que já anda bastante insuportável, perde leveza, graciosidade, frescor, vivacidade e encantamento.
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