Sigam as orientações das autoridades de saúde, respeitem a recomendação de isolamento social por causa do coronavírus, fiquem em casa – salvo as óbvias exceções – protejam os idosos e e não transformem uma epidemia em uma suja e desnecessária disputa política. Em outras palavras, essas são recomendações simples, mas necessárias encaminhadas pelo principal porta-voz do governo e real coordenador da crise, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.
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O país entra nesta semana em mais uma importante fase nas ações de controle da doença. As declarações do presidente Jair Bolsonaro e manifestações de seus filhos nas redes sociais mais atrapalham do que ajudam, portanto, é melhor que sejam desconsideradas. Vamos ao que interessa. De maneira objetiva, o ministro da Saúde conversou com os prefeitos e chegou a defender até a suspensão das eleições.
Na ânsia de mostrar serviço, prefeitos tomam medidas restritivas demais, que podem prejudicar a logística. É preciso uma calibragem. Como a coluna já alertou, isso também é fruto da omissão do presidente Bolsonaro e de atitudes concretas do próprio gabinete de crise, coordenado pelo general Braga Netto.
O primeiro teste deste trabalho em conjunto terá o início, hoje, na campanha da vacinação contra a gripe. A prioridade são os idosos, e o ministro fez um apelo a todos: respeitem a ordem dos grupos de riscos, evitem tumultos.
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O combate ao coronavírus é um exercício de respeito ao outro, do trabalhador, passando pelo empresário até o mais alto governante. Algo que andava faltando no Brasil.
Desserviço
Enquanto autoridades de saúde reforçam a recomendação de distanciamento social, o presidente da República fez uma festinha no Palácio da Alvorada com a presença dos filhos e netos para comemorar seu aniversário.
O fim das pesagens
A partir de hoje estão suspensas as pesagens de caminhões em rodovias federais administradas pelo Dnit e pelas concessionárias privadas. O objetivo é evitar um maior tempo de parada e de contato entre os caminhoneiros e os profissionais que realizam as pesagens. À coluna, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, negou a intenção de levantar as cancelas de pedágios em rodovias federais, apesar do pedido de parlamentares.
Resgate
O dinheiro da Lava-Jato que será utilizado para o combate ao coronavírus estava parado no Ministério da Educação por falta de projeto. Fez bem a PGR ao defender o uso da verba para a Saúde e também o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ao decidir rapidamente sobre a utilização da verba.
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