A corregedoria do Conselho Nacional de Justiça irá apurar a guerra entre magistrados no caso do habeas corpus do ex-presidente Lula. Tudo indica, no entanto, que tão cedo não será divulgada uma conclusão. A demora seria uma forma de colocar água fria na fervura. O PT tinha a intenção de gerar um fato político com essa ação. E conseguiu.
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A semana começou com o ex-presidente Lula mais uma vez em evidência, garantindo fôlego ao discurso de que ele será o candidato do partido à presidência. Enquanto isso, o ex-prefeito Fernando Haddad, apontado como plano B, ganhará destaque nas mobilizações do partido. O que os petistas não dimensionaram era a crise que provocariam dentro do Judiciário.
Polêmico, o caso divide opiniões entre os que dão razão ao desembargador plantonista Rogério Favreto, ao juiz Sérgio Moro ou aos que apontam erros em todas as condutas. Na decisão que negou o habeas corpus ao ex-presidente – o que não foi surpresa – a presidente do STJ, Laurita Vaz, não poupou críticas a Favreto. Ela classificou a decisão de soltar Lula como teratológica e inusitada, e achou que Moro agiu corretamente. O que começou como uma manobra virou, agora, uma guerra de torcidas.
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Emendas
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) vota nesta quarta-feira (11) o relatório da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com três emendas da bancada catarinense. Os investimentos serão destinados à BR-282, à área de saúde do Estado e aos aeroportos de Joaçaba e Chapecó. Os valores, no entanto, só serão definidos em outubro. A previsão é de que, depois da CMO, o assunto ainda seja votado na sessão do Congresso, marcada para o início da tarde de hoje. Pelas regras, só há recesso parlamentar após essa votação.
Ponte
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado autorizou um empréstimo de US$ 40 milhões para a construção de uma ponte em Joinville. A obra ligará os bairros Adhemar Garcia e Boa Vista. Agora, falta o plenário do Senado liberar a operação para que a prefeitura assine o contrato com o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata. A votação do empréstimo foi articulada pelo senador Dalírio Beber (PSDB-SC).
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MELANCÓLICO
Durou menos de 10 minutos a cerimônia de posse do novo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello.
No breve discurso, o presidente Michel Temer não citou o PTB nem os escândalos na pasta com o envolvimento de indicados pela cúpula do partido. Técnico, Mello terá dificuldade em promover uma limpa no ministério.
DESCOLANDO
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) encontrou o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), no almoço e perguntou se ele iria comparecer à cerimônia do novo ministro. Baleia justificou a ausência, argumentando que a lei eleitoral poderia impedir a participação nesses eventos.
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– Eu acredito que não tem problema algum… – comentava Marun.
Frase
“Reafirmo a absoluta incompetência do Juízo Plantonista para deliberar sobre questão já decidida por este Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal”, da presidente do STJ, Laurita Vaz, em decisão que negou habeas corpus ao ex-presidente Lula.