Extinto no governo Bolsonaro, o Ministério do Trabalho se notabilizou no governo Temer por ser uma usina de escândalos. Ocupado por indicados do PTB e da bancada evangélica, acabou alvo da Polícia Federal (PF) por suspeitas de irregularidades em contratos de tecnologia.

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A operação da PF, que voltou ao caso na manhã de ontem, é uma continuidade do pente-fino que vem sendo feito desde aquela época. Se houve desvio de recursos, o dinheiro precisa ser devolvido aos cofres públicos e os responsáveis devem ser responsabilizados.

À frente da pasta de 2015 até 2017 – período investigado pela Polícia Federal – e apontado como alvo da PF, o gaúcho Ronaldo Nogueira disse à coluna que não está na mira da operação e que coloca à disposição os sigilos bancário, telefônico e fiscal.

Guedes poderoso 

A forte ligação de Gustavo Canuto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pesou na demissão do ministro. Quem saiu ganhando foi Paulo Guedes (Economia), que terá Rogério Marinho na pasta do Desenvolvimento Regional. Marinho conduziu a reforma da Previdência com disciplina e sangue frio. 

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