*Por Silvana Pires, interino

Repetir que o Senado e a Câmara estão paralisados virou um clichê. Nesta quarta-feira (25), em sessão do Congresso marcada para as 16h, era patético assistir a deputados e senadores se revezando na tribuna solicitando que colegas registrarem presença, uma hora após o início do encontro.

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Os pedidos eram para que os parlamentares fizessem o óbvio: trabalhar. Enquanto isso, nos bastidores, um acordo era costurado para analisar todos os vetos presidenciais da pauta, depois retomar a sessão da Câmara e tentar zerar a pauta do dia. A pegadinha? Agilizar tudo para que os parlamentares possam retornar para suas bases eleitorais na quinta-feira e só voltar a Brasília em 8 de maio. Sim, uma semana de feriado, afinal, no vocabulário congressista, não é usual trabalhar de quarta a sexta-feira. Agora, se olharmos pela lógica do Congresso, os parlamentares viriam trabalhar na próxima semana na quarta-feira, após o feriado de 1º de Maio, e retornariam para seus Estados na quinta-feira. Um alto custo com passagens aéreas para nada ser votado. Portanto, uma semana de feriadão para os parlamentares pode até ficar mais barato para o país. 

 

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RADIOGRAFIA

Michel Temer fez o primeiro de uma série de três encontros com os presidentes regionais do PMDB, no Palácio da Alvorada. Convidado para este primeiro jantar, Renan Calheiros (AL), desafeto declarado de Temer, não compareceu. Temer quer saber como está a radiografia das pré-candidaturas nos Estados. Ainda não foi agendada a reunião que contará com o catarinense Mauro Mariani. 

 

BAGUNÇA

Com agenda em Brasília, o governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) foi questionado se apoiaria Temer à reeleição e não hesitou:

— O quadro está tão bagunçado no Brasil que não há uma opinião consistente do que vai acontecer. Eu não sei, eu teria dúvida hoje de afirmar qual é o melhor caminho para o presidente, inclusive para a sua tranquilidade pessoal. 

 

CONTORNO VIÁRIO

A construção do acostamento da BR-101 entre Palhoça e Biguaçu deve começar nos próximos dias, de acordo com o deputado Jorginho Mello (PR). A informação foi confirmada pela ANTT durante reunião com a bancada catarinense, para tratar do contorno viário de Florianópolis.

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NINHO AGITADO

Às vésperas das eleições, o PSDB vive uma guerra interna. Os escândalos de corrupção, que chegam a Geraldo Alckmin, alimentam movimentos como o do ex-senador e atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que levanta a bandeira de expulsão de Aécio Neves e substituição de Alckmin. Leia a entrevista com Arhtur Virgílio

 

FRASE

“Nós não vamos eleger um ditador, vamos eleger um presidente, que para fazer o país avançar vai ter de ter capacidade de articulação.”

Carlos Marun, ministro da Secretaria-Geral, ao afirmar que não é o que sinaliza a trajetória do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. 

 

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