NSC Total
(Foto: NSC Total)

Durante o evento que apresentou as mudanças nas regras do FGTS, o presidente Jair Bolsonaro ressaltou que essa rodada de saques é focada nos mais pobres, nas famílias que estão endividadas. E pela lógica adotada, é mesmo. Ao optar por um valor fixo e não por percentuais sobre o saldo, permite que os mais humildes consigam sacar, em muitos casos, a totalidade do que possuem.

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Valores de até R$ 500 representam cerca de 80% das contas ativas e inativas do FGTS. Mas isso também deixou muita gente decepcionada. Quem possui um saldo maior chegou a fazer cálculos com a possibilidade de usar o dinheiro. Vale destacar que, para os próximos anos, a Medida Provisória traz pontos interessantes para o trabalhador. A opção de poder sacar anualmente parte do fundo atende a uma queixa antiga de quem hoje vê esse dinheiro preso e com rendimento mínimo.

O governo ainda tem outra expectativa ao mudar as regras: que possa diminuir a rotatividade nas empresas. Muitos trabalhadores fazem acordo informal para serem demitidos e terem acesso a esses recursos. Ao limitar o valor de saque, o governo também evita desgaste maior com o setor da construção civil, já que os recursos do FGTS financiam programas de habitação e obras de infraestrutura.

Mulheres no Parlamento

O presidente da Comissão e Constituição e Justiça, Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou à coluna que uma das prioridades na volta do recesso é analisar o projeto que prevê o fim das punições para os partidos que não cumprirem a cota mínima de 30% de candidatas mulheres nas eleições. De autoria da deputada Renata Abreu (Pode-SP), o assunto tem causado polêmica. As deputadas catarinenses Geovania de Sá (PSDB) e Carmen Zanotto (Cidadania) são contra a proposta e prometem lutar contra o texto que chamam de retrocesso. A assessoria da deputada Caroline de Toni (PSL) disse à coluna que ela não vai se manifestar sobre o assunto agora. 

Impaciente

Logo após o anúncio das mudanças nas regras para saque do FGTS, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, foi questionado sobre a prisão dos hackers que teriam supostamente invadido celulares de ministros. Sem paciência, respondeu:

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— Que hacker, pô? Eu sei lá de hacker.