Fiador do governo Temer junto aos mercados, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) está fardado para concorrer à Presidência da República em 2018. Só falta ser convocado. Isso significa o aval do PMDB, do próprio partido,  o PSD, e do apoio dos principais partidos do Centrão que estão em busca de um candidato para chamar de seu. Meirelles está mais assíduo nas redes sociais e se movimenta politicamente. Mas não tem carisma e está com Michel Temer tatuado na testa, como diria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A viabilidade de uma eventual candidatura depende muito da reação da economia e, em especial, do emprego. Enquanto o cidadão não sentir alívio no bolso, não adianta exibir números e gráficos animadores. Mas se o cidadão identificar uma melhoria na qualidade de vida, também Temer poderá arriscar. Questionado, ele já não nega a possibilidade de disputar a Presidência. Temer ou Meirelles? Por enquanto, o cenário para 2018 é desanimador até na especulação.

Continua depois da publicidade

 

CACOETE

Henrique Meirelles, no entanto, não perde o cacoete de comandante da equipe econômica. Mandando recado ao mercado, ele comentou que a Fazenda avalia aumento de impostos em 2018 para equilibrar as contas. Em ano eleitoral, esse é um assunto proibido.

 

Continua depois da publicidade

DESARMAMENTO

Em almoço no Palácio do Planalto com a participação de deputados federais e o ministro Carlos Marun (Secretaria-Geral de Governo), o deputado Peninha Mendonça (PMDB-SC) afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, teria se comprometido em colocar na pauta de votação a revogação do Estatuto do Desarmamento. Quando questionado, Maia tem desviado desse assunto, considerado polêmico demais para um ano eleitoral.

 

É VERÃO

O presidente Michel Temer deve aproveitar o final de ano para descansar na praia. Deve ir com a família para Restinga de Marambaia (RJ), onde o então presidente Lula também costumava passar os feriados.

 

FRASE

“Macri é um exemplo por aprovar reforma”, do presidente Michel Temer, elogiando o sucesso do presidente da Argentina, que conseguiu emplacar a reforma mesmo debaixo de muitos protestos. 

Leia mais publicações de Carolina Bahia

Leia também: 

Maluf finalmente na prisão