*Por Silvana Pires
Diante do quadro nada favorável para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer assumiu o papel de garoto propaganda. Quer demonstrar que a proposta não prejudica o trabalhador e acabará com privilégios. Após uma provocação de Silvio Santos, que disse não entender a reforma, Temer topou participar do programa do dono do baú, em São Paulo. A gravação foi ontem, com direito a plateia, e deve ir ao ar no domingo. Uma das poucas informações divulgadas sobre a gravação é de que Temer disse nutrir o sonho de distribuir dinheiro para o auditório, e tirou R$ 50 do bolso. O que aconteceu depois ainda está em segredo. A estratégia do governo, de atingir o grande público, pode surtir efeito. Mas será que Temer conseguiu ter desenvoltura e carisma para conquistar o público? É uma aposta arriscada, ainda mais se lembrarmos a trajetória de Temer, que sempre o mostrou longe do povo.
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COM O POVO
O plano de ampliar o convencimento sobre as mudanças propostas na reforma da Previdência também inclui a participação de Temer no programa do Ratinho, no SBT, e de Amaury Jr, na Band. Ao lado de Ratinho, o presidente respondeu dúvidas dos telespectadores sobre as mudanças no sistema previdenciário. Os questionamentos foram gravados com antecedência.
DEFESA
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Os advogados do presidente Michel Temer protocolaram ontem na Justiça as respostas do questionário da Polícia Federal sobre a edição do decreto dos portos. Curiosamente, as perguntas são mais longas do que as respostas. Experiente nas áreas política e jurídica, Temer mediu cada palavra. De forma concisa, negou conhecimento sobre irregularidades envolvendo o grupo Rodrimar, que teria sido beneficiado por atos do governo; assegurou que suas campanhas eleitorais não utilizaram caixa 2; e criticou perguntas que considerou “impertinentes”.
SEGURANÇA
O PT está preocupado com a segurança dos manifestantes durante o julgamento de Lula, em Porto Alegre. Um ofício foi encaminhado ao governo do Rio Grande do Sul ressaltando que em outras manifestações, como as contra o impeachment de Dilma Rousseff, houve a presença de infiltrados que praticaram atos de vandalismo contra o patrimônio público e privado. E, na época, a Brigada Militar agiu contra todos, sem distinção, provocando “caos e confusão”.
FRASE
“A Caixa Econômica, entra período, sai período, está sempre em situação de pré-falência, só não quebra porque é banco público. Estava na hora de se fazer uma melhora na sua gestão, mas não dessa forma, com uma interferência brutal do Ministério Público e do Judiciário”.
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, sobre o afastamento de quadro vice-presidentes da Caixa que são investigados por corrupção.
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