O cerco aos amigos do peito de Michel Temer colocam o presidente em uma situação cada vez mais crítica. Na denúncia entregue à Justiça Federal, o MPF afirmou que o Coronel Lima tinha a função de ajudar Temer na arrecadação de propina. O coronel virou réu ao lado do outro amigão, José Yunes.
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Eles negam as acusações. Mas se um deles resolver contar o que já viveu ao lado do PMDB, será outra delação do “fim do mundo”. No comando da República, Temer conseguiu salvar outro grande amigo, Moreira Franco. Também investigado, ele assumiu ontem o Ministério de Minas e Energia como quem encara uma grande missão. No fundo, está apenas garantindo o foro privilegiado, pois a procuradora-geral, Raquel Dodge, vinha questionando a recriação da Secretaria-Geral para acomodá-lo. O presidente, no entanto, não tem como presentear todos os amigos enrolados com um cargo que assegure o foro. E é assim, com uma terceira denúncia rondando a sua porta, que Temer se prepara para encarar os últimos oito meses de mandato.
Graça divina
A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) participou da posse dos novos ministros de Temer. Sobre as polêmicas envolvendo sua indicação para o ministério do Trabalho, Cristiane contou à coluna que, com a exposição do caso, as pessoas passaram a pedir para tirar foto com ela e que tem certeza que irá se reeleger. E ainda lascou:
– Graças a Deus não assumi, foi uma graça divina.
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Barriga de aluguel
É no mínimo oportunista o comportamento do nanico PEN, que resolveu desistir da ação no STF sobre prisão em segunda denúncia. Pela confusão dos argumentos, tudo indica que o partido serviu de barriga de aluguel para o interesse de um grupo de advogados interessado na ação. Essa situação é o resumo da bagunça que virou a política com o excesso de partidos.
Segunda intância
O senador Lasier Martins (PSD) apresentou projeto sobre a prisão após condenação em segunda instância. Pela proposta, o réu pode ser preso quando condenado em segundo grau, mas não será tratado como culpado até o trânsito em julgado. Assim, não seria violado o princípio constitucional da presunção de inocência.
Frase
“Você não pode variar os seus critérios de interpretação da lei ou os seus critérios de julgamentos segundo muda o acusado ou sem que haja uma razão relevante para mudança da jurisprudência. Isso é segurança jurídica, isso é estado de direito.”
Do juiz Sérgio Moro, elogiando o voto da ministra Rosa Weber ao negar o habeas corpus a Lula.
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