O presidente Michel Temer afirmou que não é improvável que ele seja candidato à Presidência. Na língua da política isso significa que está na rua a Operação Eleição 2018. Diante da baixíssima popularidade do peemedebista, é bem possível que a candidatura não emplaque. Mas até o momento, ele não tem grandes opções na busca de um nome que defenda o legado de seu governo. Ao mesmo tempo, com esse aceno aos aliados, ele abafa as intenções do ministro Henrique Meirelles (Fazenda). Se quiser concorrer, Meirelles precisa se afastar do ministério até o início de abril. Temer tem mais tempo para confirmar a candidatura, até as convenções, no meio do ano. Se conseguir se cacifar para negociar o apoio no segundo turno com o candidato que abra os braços para o PMDB, já está no lucro.
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Exemplo
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abrirá procedimento para averiguar as denúncias contra a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) Marília Castro Neves a respeito de notícias falsas divulgadas sobre a vereadora carioca assassinada Marielle Franco. É a chance de o CNJ agir de maneira pedagógica.
Novela da saúde
O governador Eduardo Pinho Moreira desembarca mais uma vez em Brasília em busca de recursos para saúde. A primeira parada é no gabinete do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo). A expectativa é de que o PMDB de Temer apoie o governo de Pinho Moreira no Estado, agilizando pautas encantadas.
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Sinuca
O STF não tem mais como sair bem do impasse envolvendo o julgamento da prisão em segunda instância. Se o assunto voltar ao plenário e houver revisão do entendimento, ficará no ar o clima de acordão. Se não julgar, permanecerá a insatisfação interna.
Frase
“O que tem de concreto é que o ministro Celso de Mello disse que seria conveniente nós conversarmos”
Cármen Lúcia, presidente do STF, sobre a reunião com os ministros para debater a prisão em segunda instância.